Um dos assuntos mais comentados dos últimos tempos: febre amarela, vacina e surtos em diversos estados. Mas de fato, você sabe o que é? Como é transmitida a doença? Muitos ainda têm a ideia equivocada de que os macacos são os transmissores, mas na verdade, esses animais são tão vítimas da doença quanto os seres humanos.
Segundo o Ministério as Saúde, a febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores e possui dois ciclos de transmissão: área rural (ou de floresta) e urbana. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos infectados e não é passado de pessoa para pessoa.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em Maceió, para receber a dose da vacina é preciso passar por uma triagem. Somente pessoas que irão viajar ou que residem em locais mais propícios a doença, como por exemplo mata fechada ou zona rural, estão sendo imunizadas. Para mais informações você pode clicar aqui.
No meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. “Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados”, acrescenta o professor Marcos Lázaro Guerreiro, formado em Ciências Biológicas com Ênfase em Genética.
Ainda de acordo com o Ministério, no período de 1º de julho/2017 a 16 de fevereiro de 2018), foram confirmados 464 casos de febre amarela no país, sendo que 154 vieram a óbito. Ao todo, foram notificados 1.626 casos suspeitos. Deste universo, 684 foram descartados e 478 permanecem em investigação, neste período.
“Deve-se adotar medidas preventivas: vacinação, uso de repelentes, uso de telas para bloquear o acesso do agente transmissor ou aplicação de inseticidas específicos. Em caso de suspeita da doença, é importante que o paciente busque assistência adequada em postos de saúde e emergências hospitalares, visando um diagnóstico rápido e preciso”, comenta Guerreiro.
Os macacos também são vítimas da febre amarela
Com o atual surto de febre amarela no Brasil, os macacos também se tornaram vítima das doenças. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) esclarece o papel dos macacos no ciclo da doença que, assim como os humanos, são apenas vítimas do vírus. Sendo assim, a doença em si não é contagiosa, os macacos não transmitem diretamente essa doença para um ser humano, assim como ela não é transmitida diretamente de um humano a outro. Os mosquitos, sim, são os verdadeiros transmissores entre humanos e não-humanos.
Como se prevenir?
A vacinação é o método mais eficiente para prevenir a febre amarela. O SUS – Sistema único de Saúde oferece vacina contra febre amarela para a população e desde de 2017 se tornou uma dose durante toda a vida, que está de acordo com as recomendações da OMS – Organização Mundial de Saúde.
Além disso, é de extrema importância combater a proliferação da espécie. Elimine possíveis focos de reprodução do mosquito em recipientes com água parada como: vasos de plantas, poços de água, zonas de esgotos, jarros e pneus velhos.
Você sabe quais profissionais produzem essa vacina?
A vacina contra a febre amarela é 100% segura e de elevada eficácia, ao contrário de muitos mitos que se espalham. E os profissionais capacitados geralmente se especializam na área de Imunologia. “A imunologia é a ciência que estuda o sistema imunológico e suas implicações clínicas e existem cursos de Pós-Graduação e estágios complementares nas áreas especificas, que habilitam o profissional da área biomédica a exercer tal função”, explica o especialista Marcus Lázaro Guerreiro.
Confira como age a vacina. Especialista e professor Marcos Lázaro explica:
A vacina age gerando memória imunológica através da formação de anticorpos (moléculas de defesa do organismo). As reações podem ocorrer, pois, algumas pessoas são alérgicas ou hipersensíveis aos conteúdos presentes nas vacinas, porém são casos raros. Contraindicações: pessoas que têm alergia a proteínas presente no ovo só podem ser vacinadas com o acompanhamento médico, em virtude de reações adversas (choque anafilático) que podem ocorrer.