A atriz pornô Stormy Daniels apresentou, na terça-feira (6), um processo contra o presidente dos EUA, Donald Trump, para anular um acordo de confidencialidade que assinou para não revelar uma suposta relação que os dois mantiveram anos atrás.
Michael Cohen, advogado de Trump, foi quem assinou o acordo e fez pagamento de US$ 130 mil a Daniels pouco antes das eleições presidenciais de 2016, mas a atriz pornô argumentou que o pacto não é válido, pois não foi assinado pelo agora presidente.
Stormy Daniels, cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford, pediu a um tribunal em Los Angeles que declare o acordo “inválido, inaplicável e/ou nulo”.
“Este caso já havia sido ganho em arbitragem, e não havia conhecimento de nenhum pagamento por parte do presidente. Ele nega essas alegações”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, nesta quarta.
‘Relação Íntima’
Segundo o processo, anunciado no Twitter pelo advogado de Daniels, Michael Avenatti, a atriz pornô e o agora presidente mantiveram uma “relação íntima” do verão de 2006 até 2007, incluindo vários encontros em um hotel de Beverly Hills, em Los Angeles.
Trump e a primeira-dama, Melania Trump, tinham se casado em janeiro de 2005, e o único filho do casal, Barron, nasceu em março de 2006.
No texto do processo, Avenatti afirma que Cohen abordou Daniels pouco antes das eleições presidenciais, para selar um pacto de silêncio e proteger a imagem do magnata republicano, recheado naquele momento por vários escândalos.
Pelo acordo, Daniels recebeu US$ 130 mil dias antes da disputa. O processo sugere que Trump esteva ciente do pagamento.
Também indica que, desde que o escândalo foi descoberto no início deste ano, Cohen tentou “intimidar” Stormy Daniels para manter seu silêncio e que a forçou a assinar um comunicado onde a atriz negou tudo.
A Comissão Eleitoral Federal dos EUA abriu uma investigação para verificar esse pagamento após uma denúncia por suposto desvio de fundos de campanha.