A notícia de que o ordenamento da Feira do Jacitinho terá início já neste domingo, 11, pegou os feirantes do entorno do mercado público do bairro de surpresa. Eles alegam que não foram avisados com antecedência sobre a retirada das barracas do local embora tenham negociado há meses a relocação dos feirantes para outro espaço.
Segundo uma das representantes dos feirantes, Maiara Moraes, os trabalhadores estavam cientes da saída do local, não sabiam que a medida seria posta em prática já neste fim de semana.
“Muitos já estavam acomodados achando que a retirada dos feirantes não ia sair do papel já que isto foi promessa de vários prefeitos e nunca se concretizou. Estávamos cientes que não ficaríamos mais no local, mas achávamos que só sairíamos depois do feriado da Semana Santa, que é uma data muito importante para nós feirantes por conta das vendas. Mas, hoje, eles vieram e disseram que já seremos colocados em outro local amanhã. Aí tem parte dos feirantes que aceita e outros não. Por isso, a confusão”, disse a feirante.
Hoje, à tarde, os representantes da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) estiveram no local para avisar sobre a retirada dos feirantes e a notícia deixou os ânimos acirrados no local. Contudo,
“Estivemos no local para avisar que eles seriam retirados amanhã e alguns feirantes ficaram agitados com a informação. Tivemos várias reuniões, inclusive no Ginásio Arivaldo Maia, e eles tinham aceitado a proposta do coronel Ivon (secretário da Semscs). Infelizmente, temos que cumprir o que a lei determina”, disse sargento Reis, que faz parte da equipe da Semscs.
A retirada dos feirantes do entorno do mercado público do bairro faz parte do ordenamento da Feira do Jacintinho, que visa tirar os ambulantes das condições insalubres de trabalho e realocá-los para um espaço adequado ao comércio de seus produtos, deixando as vias livres para circulação dos pedestres e veículos.
Desde o mês de setembro, a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) conversa com os feirantes explicando os motivos do relocamento para outro espaço. Nas reuniões, eles foram orientados quanto aos problemas causados pelo comércio realizado de forma irregular e fora do espaço adequado, como obstrução de vias, falta de segurança e de higiene para os próprios feirantes, clientes e pedestres.
Outro ponto abordado nos encontros foram os perigos em comercializar no entorno da Rua Cleto Campelo, uma das regiões mais movimentadas de Maceió. Às margens da via, os ambulantes correm o risco de serem atropelados por carros, ônibus e caminhões.