Uma coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Federal em Maceió, localizada no bairro do Jaraguá, apresentou detalhes da Operação Terra Prometida, deflagrada na manhã desta segunda-feira (12) nos municípios de Delmiro Gouveia, Água Branca e Canapi.
As investigações iniciaram em 2016, após denúncias serem recebidas pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) da Secretaria de Previdência. A quadrilha, que atuava há cerca de cinco anos, era formada por dois servidores públicos, dirigentes sindicais e intermediários que forjavam documentos falsos em troca de dinheiro, para beneficiar pessoas que não possuíam o direito.
A operação, que tem o objetivo de desmanchar a quadrilha e barrar as fraudes nos benefícios de aposentadorias, pensões por morte e salários maternidade rurais, cumpriu os três mandados de prisão expedidos, sendo detidos dois servidores e um intermediário. Outros 21 mandados de busca e apreensão foram emitidos.
O delegado regional executivo da Polícia Federal, Milton Rodrigues, divulgou que os cofres tiveram baixa de aproximadamente R$ 600 mil em 21 benefícios fraudados. “A ação da quadrilha causou um prejuízo em um setor que já é preocupante, devido ao rombo na previdência. Conseguimos evitar um prejuízo maior, que de acordo com nossos cálculos, chegaria a R$ 3 milhões,” lembrou.
Segundo o delegado, a operação, que ainda está em andamento, “irá estancar a sangria e acabar com as fraudes para que a maior parte possível do dinheiro perdido seja retornado aos cofres públicos”.