Um dos criadores do WhatsApp disse aos seus seguidores para excluir o Facebook. Quem deu o conselho foi Brian Acton, em sua conta no Twitter. Ele fundou o aplicativo de mensagens ao lado do empresário Jan Koum. Em 2014, a dupla decidiu vender seu negócio por US$ 16 bilhões ao próprio Facebook.
Jan Koum continua a liderar a empresa, mas Brian Acton desistiu do WhatsApp no início deste ano para criar sua própria fundação sem fins lucrativos. “Chegou a hora”, escreveu Acton no Twitter, acrescentando no post a hashtag #deletefacebook. Nem o Facebook nem o WhatsApp comentaram o caso.
Enquanto a empresa de Mark Zuckerberg não se manifesta, cresce em redes sociais alternativas o movimento anti-Facebook. Hashtags como #DeleteFacebook e #BoycottFacebook vêm se espalhando na internet, convidando os usuários a deletar sua conta da plataforma.
O movimento surgiu depois que o jornal britânico The Guardian divulgou que uma consultoria política com sede em Londres, contratada pelo presidente dos EUA Donald Trump, acessou de forma indevida informações de 50 milhões de usuários do Facebook para influenciar a opinião pública.
A reação popular ao escândalo tem assustado os investidores, levando as ações da empresa a cair mais de 9% nos últimos dois dias – e tirando quase US$ 50 bilhões da avaliação de mercado do Facebook. A revelação também levou os reguladores internacionais dos EUA e Reino Unido a investigar se a rede social fez o suficiente para proteger os dados de seus usuários.