Homem ejacula no pé de mulher dentro do metrô; Veja como agir em caso de assédio

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Mais uma mulher foi vítima de abuso dentro do transporte público. Dessa vez, o caso aconteceu no Rio de Janeiro, na última quinta-feira, 22. A estudante Marcelly Chaves, de 23 anos, estava dentro do vagão do metrô quando percebeu que um homem parado ao seu lado estava ejaculando.

A jovem voltava da faculdade, a noite, quando embarcou na estação São Cristóvão. Foi então que o homem parou ao seu lado e começou a olhar incessantemente, Marcelly virou-se para reclamar, quando percebeu que ele estava ejaculando. ” Sujou meu pé e a perna dele”, conta a moça ao jornal O Globo.

Ele foi detido na na estação Triagem, foi então que começou um verdadeiro jogo de empurra-empurra para dar uma canseira na vítima. O abusador foi levado para a Cidade da Polícia em uma viatura da PM. Já Marcelly foi guiada pelos agentes do Metrô Rio. Chegando no local, ela foi informada que a ocorrência precisava ser registrada  na 25ª DP (Engenho Novo).

“Depois de algumas horas que eu estava esperando eles chegaram, me ligaram avisando que o pneu da viatura havia furado. Depois, falaram que precisaram levá-lo para o hospital porque estava machucado. Mas ele só tinha um arranhão no rosto”, relata Marcelly. “Depois de muita gente me dizer que não ia dar em nada, desisti. Eu tinha sido abusada, já era 4 horas da manhã e estava só com os seguranças do metrô. Hoje que eu liguei e registrei uma denúncia no 180, a Central de Atendimento à Mulher”, conclui.

Créditos: Arquivo pessoal

Jovem registra momento em que passou na delegacia tentando dar queixa

Em nota, o Metrô do Rio informou:

Um homem acusado de assédio a uma cliente foi retirado de dentro de uma composição, pelos agentes de segurança do MetrôRio, na noite da última quinta-feira (22/03), na estação Triagem. A polícia foi acionada e o levou para a Cidade da Polícia, no Jacaré. A vítima e as testemunhas também foram para o local, em um carro do MetrôRio.

Durante todo o tempo em que estiveram na Cidade da Polícia e na 25ª DP (para onde foram encaminhados depois), os funcionários da Concessionária prestaram assistência à vitima. O Metrô Rio permanece à disposição dela, caso queira novamente tentar registrar a ocorrência.

Diariamente, 450 agentes e 160 auxiliares de plataforma realizam rondas nas estações e nos trens para coibir qualquer tipo de delito. A empresa orienta vítimas e testemunhas de assédio a acionar o Corpo de Segurança Metroviário quando necessário.

Estupro ou não?

Colocar mão por dentro da roupa da vítima sem consentimento, iniciar ou consumar ato sexual sem consentimento. Embora seja comumente considerados como assédios, esse tipo de ato caracteriza o crime de estupro. Desde uma reforma do Código Penal realizada em 2009, também se caracterizam como estupro outros atos libidinosos — ou seja, o crime de estupro pode ser configurado mesmo sem penetração, explica a Rede Feminista de Juristas, Leia mais sobre o assunto

Como agir em caso de assédio no transporte público:

  • Peça ajuda a quem estiver por perto.
  • Chame a atenção dos demais passageiros.
  • Acione o canal de denúncia ou procure um funcionário do transporte para que ele tome as providências necessárias.
  • Verifique se o funcionário está devidamente identificado (ex: crachá visível).
  • Registre o máximo possível de informações referentes às circunstâncias do assédio: anote o dia, horário e local, nome e contato de testemunhas, características do agressor, tire fotos, filme etc.
  • As informações a seguir garantem que os agentes de segurança atuem de forma mais rápida e precisa:
  • Ao realizar a denúncia no sistema sobre trilhos (Metrô e Trem) é importante informar: o número do carro (trem) que aconteceu o assédio; sentido da linha que você está usando; qual é a próxima estação de parada; o número da porta que você está (alguns trens e metrôs possuem essa informação próximo aos mapas de linha).
  • No ônibus tenha as seguintes informações: nome e número da linha; solicite o nome do cobrador e motorista para que possam ser testemunhas , caso haja necessidade.
Fonte: Catraca Livre

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