O papa Francisco recebeu no Vaticano, nesta quinta-feira (5), líderes da Armênia, país que possui sua própria igreja cristã.
Jorge Bergoglio se reuniu com o presidente armênio, Serj Sargsyan, o chefe da Igreja Apostólica Armênia, Karekin II, e outros representantes religiosos.
Durante o encontro com Sargsyan, que durou 24 minutos, o Papa recebeu uma réplica da igreja de Gaianè, do ano 630 d.C., e o presenteou com uma escultura de 360 d.C. que representa o episódio do “milagre do paralítico”.
O Pontífice também inaugurou, na manhã desta quinta-feira, nos Jardins do Vaticano, uma estátua de bronze doada pelo governo da Armênia e que representa Gregorio de Narek – considerado santo pela Igreja do país.
“É um sinal de aproximação”, comentou o embaixador armênio, Mikayel Misayan, ao “Vatican News”, após a cerimônia de inauguração do monumento. “A arte se torna uma mensagem de fraternidade, capaz de unir as igrejas irmãs”, acrescentou.
O secretário do Vaticano para Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher, disse que “a inauguração da estátua é uma ocasião para promover de forma ainda melhor o relacionamento entre os países e entre a Igreja Armênia e a Igreja Católica”.
“Foi feita uma referência ao contexto político regional, almejando a solução das situações de conflito, e outros temas de pauta internacional foram mencionados, como as condições dos cristãos e das minorias religiosas, especialmente nos cenários de guerra”, declarou.
Com relação à Turquia, não houve frases polêmicas. Em 2016, durante uma visita ao território turco, o papa classificou como “genocídio armênio” os ataques conduzidos pelo Império Otomano entre 1913 e 1925.
O caso foi brevemente mencionado quando Karekin II entregou seu presente a Francisco, um livro do monastério de Narek, que ficava em território turco. “Agora não existe mais. Foi destruído pela Turquia”, disse.