Uma perícia no banco de dados do Vasco realizada pelo Instituto de Criminalística, com autorização do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, comprovou as suspeitas de fraudes na eleição do clube no fim do ano passado.
De acordo com reportagem da TV Globo, 335 sócios votantes estavam em situação irregular.
O ex-funcionário Sérgio Murilo Paranhos foi indiciado por estelionato e falsidade ideológica. Ele trabalhava na parte de informática do clube na gestão de Eurico Miranda e, segundo as investigações, foi o responsável por alterar os cadastros que, inicialmente, não tinham datas aptas a voto.
O HD contém o registro de 5.780 pessoas que se associaram ao Vasco entre 2015 e 2017. A comprovação de fraude poderá acarretar no cancelamento da eleição.
O pleito do Vasco ocorre de maneira indireta. Após a escolha entre os sócios, é necessária uma votação entre os conselheiros. Neste ano, o novo presidente, Alexandre Campello (foto acima), venceu após romper aliança com Julio Brant, que havia levado a dupla à vitória entre os sócios.
Campello se desligou de Brant e se aliou aos correligionários de Eurico Miranda, o que lhe garantiu votos suficientes para vencer a disputa entre conselheiros e se tornar o mandatário do próximo triênio no clube.
Urna suspeita
Os fortes indícios de fraude antes da eleição fizeram com que a Justiça intervisse no pleito vascaíno. No dia da votação, foi colocada uma urna separada para os mais de 700 sócios suspeitos.
Ela foi para perícia e depois foi desconsiderada na soma dos votos. Na contabilidade, ela destoava bastante das demais com votos para a reeleição de Eurico.