Os trabalhadores rurais sem-terra ocuparam na manhã desta segunda-feira, 16, o prédio da Secretaria da Fazenda. Os agricultores estão acampados em Maceió desde ontem (15) em defesa da Reforma Agrária e denunciando os crimes e mortes violentas no campo em memória da passagem do massacre em Eldorado dos Carajás, no Pará, há 22 anos.
Estão em Maceió aproximados três mil trabalhadores rurais sem-terra de acampamentos e assentamentos acompanhados pela Comissão Pastoral da Terra, Movimento de Libertação dos Sem Terra, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento Via do Trabalho e Movimento de Luta pela Terra.
Nesta manhã, os trabalhadores que estavam acampados na Praça Visconde do Sinimbú, no Centro de Maceió, saíram em caminhada pelas principais ruas do bairro até o prédio da Sefaz, onde permanecem ocupado por tempo indeterminado.
Antes da ocupação, um grupo de aproximados cem trabalhadores foram até o prédio do Hemoal e realizaram doação de sangue. De acordo com Josival Oliveira, da coordenação nacional do MLST, os trabalhadores estão em Maceió para denunciar o atraso da reforma agrária. “Além de denunciar a violência e as mortes no campo que nunca são solucionadas”, destacou.
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“Esses três dias na capital são por demais importantes, primeiro para dialogar com a sociedade e cobrar do governo que é preciso da uma guinada na Reforma Agrária e assim diminuir a concentração de terra que existe em nosso Estado e, sejamos realistas, isso não é justiça social, cobrando e reivindicando este trabalhadores possam ter sua oportunidade de construir sua vida a partir da terra”, destacou Oliveira.
Nesta terça-feira, 17, um ato ecumênico em memória aos 22 anos do massacre de Eldorado dos Carajás será realizado a partir das 7h30 em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas, no centro da cidade.
Atualizada às 14h38