Considerado o maior projeto do país de promoção à circulação de artistas/grupo musicais, o Sonora Brasil completa 20 anos. Para comemorar suas duas décadas de existência, o Sesc Alagoas realiza um grande concerto com o grupo Quadro Cervantes, no dia 2 de maio, no Teatro Deodoro, em Maceió/AL. Com entrada franca, os ingressos serão distribuídos 1h antes da apresentação.
Na mesma data e cidade, e com a presença do grupo que tocou na 1ª Edição do projeto, em 1998, o Quadro Cervantes apresentará um repertório de música antiga, trazendo também as mesmas peças executadas no primeiro concerto musical do projeto, que ocorreu no Estado de Alagoas.
Como parte da programação dos 20 anos, no dia 3 de maio, acontecerá uma Roda de Conversa, reunindo profissionais do Sesc e sete convidados especiais que participaram do projeto ao longo desses anos. Os diferentes perfis dos convidados, reunindo professores universitários, músicos profissionais e jovens em início de carreira, são mais um elemento com grande potencial para enriquecer o debate, o que possibilitará recuperar memórias do projeto e compartilhar experiências. Os convidados são: Seu Nelson da Rabeca , Wagner Campos, Letícia Bertelli, Richard Serraria, Mário Orlando, Regineide Rosa e José Amaro.
O Sonora Brasil realiza cerca de 400 concertos a cada ano, em todos os estados da Federação. Em seus 20 anos de realização foram 5.726 apresentações de 85 grupos, em mais de 150 cidades, alcançando cerca de 600 mil espectadores.
Sobre QUADRO CERVANTES
Fundado em 1974, o Quadro Cervantes tem sido considerado pela crítica como “o mais importante conjunto de música antiga do país” (O GLOBO). Além da sua inegável qualidade artística, o conjunto prima pelo humor e a comunicação que estabelece com suas plateias. Empregando cópias fiéis de instrumentos antigos, nos recitais do grupo podem ser ouvidos dezenas de instrumentos das famílias sopro, percussão, cordas dedilhadas, cordas friccionadas e o canto.
A trajetória do conjunto se mistura à história da música antiga brasileira pela importância do Quadro Cervantes no cenário brasileiro durante as décadas de 1970-80. A sua primeira formação contínua (1974-1990), com Helder Parente, Myrna Herzog, Rosana Lanzelottte e Clarice Szajnbrum, mudou para uma segunda, com Helder Parente, Clarice Szajnbrum, Nicolas de Souza Barros e Mario Orlando (1990-2012). Ambas encantaram plateias durante 38 anos de estrada e centenas de recitais.
O conjunto já realizou cinco gravações e diversas apresentações internacionais, e em 1998, foi convidado a realizar a primeira turnê do Projeto Sonora Brasil do Sesc Nacional. Atualmente, o conjunto é formado pela soprano Marilia Vargas, Mário Orlando (viola da gamba, vielle, flautas doce e contratenor) e Nicolas de Souza Barros (alaúde e vihuela, violão e viola caipira, guitarras renascentista e barroca). Como artista convidado, participa Pedro Novaes (vielle, flautas, voz e gaita de fole).
Quadro Cervantes
Marília Vargas: soprano
Mário Orlando: viola da gamba, vielle, flautas doce e contratenor
Nícolas de Souza Barros: alaúde renascentista, teorba e guitarra barroca
Pedro Novaes: vielle, flautas, voz e gaita de fole.
Convidados da Roda de Conversa:
Seu Nelson da Rabeca – participou de duas edições do Sonora Brasil e é um dos mais importantes representantes da cultura musical de tradição que circulou pelo projeto. Também é fabricante de rabecas e representa o estado de Alagoas.
Wagner Campos – Músico e musicólogo, como servidor do Departamento Nacional do Sesc foi responsável pela gestão do projeto desde sua criação até a 11ª edição, estabelecendo sua metodologia, sua estrutura de produção e seus parâmetros conceituais.
Letícia Bertelli – musicista mineira, Mestre em Musicologia, que participou de duas edições em momentos históricos completamente distintos, com intervalo de 11 anos, e que na segunda circulação integrava um grupo de pesquisa que trouxe grande contribuição para a construção do tema Sonoros Ofícios: Cantos de Trabalho.
Richard Serraria – músico gaúcho, líder do grupo Alabê Ôni, que foi formado para circular no biênio 2013/2014 apresentando o tema Tambores e Batuques. Richard, Doutor em Literatura, liderava então uma pesquisa sobre a cultura musical de matriz africana no Rio Grande do Sul, assunto abordado na circulação e que alimentou discussões importantes no estado sobre o tema.
Mário Orlando – músico fluminense que participou do maior número de edições do Sonora Brasil, cinco no total, e que, por isso, acumula a experiência de ter vivenciado vários momentos do projeto. É mestre em Música Antiga.
Regineide Rosa – circulou pelo projeto com o grupo Destaladeiras de Fumo de Arapiraca, no biênio 2015/2016. É professora na cidade de Arapiraca onde inclui nas suas atividades docentes a difusão da tradição do Coco e dos Cantos de Trabalho. Filha do Mestre Nelson Rosa, que circulou pelo projeto e faleceu em 2017, tende a assumir a liderança do grupo.
José Amaro – professor de História na Universidade Federal de Pernambuco que circulou no projeto com o grupo Korin Orixá apresentando repertório de música de concerto utilizando elementos da música tradicional ligada ao candomblé. O Professor José Amaro, como pesquisador da cultura musical pernambucana, foi colaborador em várias ações desenvolvidas pelo Sesc Pernambuco e sempre acompanhou as apresentações do projeto Sonora Brasil ligadas à música de tradição.
Sonora Brasil 2018
No ano de 2018, o Sonora Brasil realizará 372 concertos, passando por 97 cidades, a maioria distante das capitais.
O projeto é trabalhado por biênio com dois temas que se revezam entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil e Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Quatro grupos são apresentados por tema, sendo cada grupo de um estado brasileiro.
No circuito 2017/2018, os temas são ‘Na pisada dos cocos’ e ‘Bandas de Música: formações e repertórios’.
As bandas Corporação Musical Cemadipe, de Goiás, Sociedade Musical União Josefense, de Santa Catarina, Banda Manauense, do Amazonas, e o Quinteto de Metais da Universidade Federal da Bahia integram o tema “Bandas de música: formações e repertórios”.
Já o tema “Na pisada dos cocos” é composto pelos grupos Coco de Zambê, do Rio Grande do Norte, Samba de Pareia da Mussuca, de Sergipe, Coco do Iguape, do Ceará, e Coco de Tebei, de Pernambuco.
O projeto possibilita o contato com a qualidade e a diversidade da música brasileira e contribui para o conjunto de ações desenvolvidas pela área de Cultura do Sesc.
SERVIÇO:
Sonora Brasil
Dia 2 de maio, às 20h – no Teatro Deodoro (Praça Marechal Deodoro, s/n – Centro), com apresentação do grupo Quadro Cervantes.
Dia 3 de maio, às 15h – Roda de Conversa, no Complexo Cultural Teatro Deodoro, (Praça Marechal Deodoro, s/n – Centro), com a participação de: Wagner Campos, Letícia Bertelli, Richard Serraria, Seu Nelson da Rabeca, Mário Orlando, Regineide Rosa e José Amaro. Mediação da equipe de Música do Departamento Nacional do Sesc.