O Governo de Alagoas apresentou, nesta terça-feira, 24, uma nova proposta aos policiais e bombeiros militares, que ameaçam endurece as mobilizações com um aquartelamento caso não seja ofertado um valor compatível aos anseios da categoria.
Nesta manhã, os representantes da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) ofereceram as associações militares (ACS/AL, ASSOMAL, ASSMAL, ABMAL, ASPRA, UPM, Caixa Beneficente, ASSORPOBOM) um reajuste salarial de 12% aos cabos e soldados e 10.33% para as patentes de sargento a coronel, pagos até 2022.
De acordo com a Associação dos Cabos e Soldados (ACS), os líderes militares estarão reunidos hoje à tarde para avaliar todas as medidas legais e posteriormente as próximas ações serão repassadas aos colegas de de farda.
“Estamos em busca de nossa reposição salarial que está em atraso. Tudo vem sendo feito de forma ordeira e através do diálogo”, disse o presidente da ACS, Cabo Wellington Silva.
As associações militares informaram ainda que o Governo de Alagoas alegou – durante reunião – que não há possibilidade de fazer uma nova proposta a categoria. Por conta disto, uma comissão técnica, composta por militares e funcionários da Seplag, irão realizar um levantamento e apresentar os dados na quinta-feira, 26.
Esta é a terceira proposta apresentada pelo Governo de Alagoas aos militares. Em reunião realizada no dia 13 de abril, o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques, propôs reajuste de 6%, sendo 3% em 2019; 1,5% em 2020 e 1,5% em 2021. No segundo encontro, ocorrido no mesmo dia, a Seplag ofereceu um aumento de 10%, dividido em quatro anos. Ambas as propostas foram recusadas pela categoria. Os militares pleiteiam o reajuste salarial de 29%, a mesma porcentagem dada aos delegados alagoanos.
Durante as negociações com a categoria, a Seplag chegou a informar à imprensa que os militares alagoanos, ativos, inativos e pensionistas, teve um aumento – apenas no Governo Renan Filho – de 50,6%, saltando de R$ 850 milhões para R$ 1,3 bilhão no período. A informação foi rebatida pelas associações militares, que alegaram que valor está sendo “maquiado” uma vez que não corresponde só a reajustes salariais da categoria.
Eles explicaram que o valor informado pelo Governo diz respeito a contratação de novos militares, ao fluxo normal de carreira (previsto em lei), ao reajuste de 5% dado em 2015 e reajuste de 6,29%, dividido em duas parcelas, concedido a todos servidores públicos.
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