Navio Polar da Marinha visita pela primeira vez Porto de Maceió

Marinha do Brasilnavio

No dia 03 de maio de 2018, o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOC) “Ary Rongel” atracará no Porto de Maceió-AL, onde permanecerá até o dia 07 de maio.

Após quase seis meses em missão no Continente Antártico, na sua trigésima sexta Operação Antártica – Operantar XXXVI, o NApOc “Ary Rongel”, sob o Comando do Capitão de Mar e Guerra Antonio Braz de Souza, iniciou o Adestramento de sua nova Tripulação – Adestrip no dia 22 de abril, a caminho do 3º Distrito Naval.

O Navio encontra-se em treinamento de Controle de Avarias (CAV), Manobras Militares e Operações no Mar, visando aprimorar o aprestamento e o adestramento de sua nova tripulação a pronta ação frente a possíveis avarias e acidentes a bordo, tendo em vista a longa Missão, em ambiente inóspito, que enfrentará no Continente Antártico.

Assim, tendo saído do Rio de Janeiro em 22 de abril de 2018, o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” passou pela cidade de Natal (30ABR à 02MAI), sede do 3º Distrito Naval (3ºDN) e atraca em 03MAI no Porto de Maceió – Alagoas (AL), pela primeira vez, desde que foi adquirido pela Marinha, em 1994.  No dia 07 de maio de 2018 seguirá rumo ao Porto de Vitória, já na volta à sede do 1º Distrito Naval (1ºDN), no Rio de Janeiro.  Em aproveitamento da viagem, o Navio trouxe para a cidade de Maceió cerca de 8 metros cúbicos de carga em material de manutenção para o Farol de Aracaju – SE.

O Navio retornará e atracará no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), no dia 14 de maio de 2018, onde iniciará as devidas manutenções que lhe propiciarão operar, novamente, na Antártica na temporada de outubro de 2018 a  março de 2019. Nessa época, cabe ressaltar, que será inaugurada a nova Estação Antártica Comandante Ferraz, com maior capacidade de acomodação de pessoal e com equipamentos no “estado da arte” para ampliar a capacidade de pesquisas, por parte dos pesquisadores das mais diversas Universidades e Instituições Civis de renome, no país.

O Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” é o antigo M/V Polar Queen, pertencente à firma norueguesa Rieber Shipping e utilizado, desde a sua construção, em 1981, em expedições no Mar do Norte, no Ártico e na Antártica.

Sua aquisição teve como finalidade a substituição do NApOc Barão de Teffé, incorporado à Marinha do Brasil em 1982 e que já operava nessas regiões desde 1957 contribuindo, assim, para a consecução ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), realizando atividades de apoio logístico e pesquisas hidroceanográficas.

O “Gigante Vermelho” foi incorporado à Marinha do Brasil em 25 de abril de 1994, dando início a uma nova fase do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).

Este Navio foi projetado para a operação em regiões polares e possui a capacidade de navegar campos de gelo fragmentado de até 80 centímetros de espessura.

Eis aqui algumas datas de eventos importantes no histórico do Navio:

24/03/94 – Chegada ao Brasil, vindo da África do Sul, após o término do reabastecimento da Estação Antártica Alemã.

25/04/94 – Incorporação à MB, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, com cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada.

03/11/94 a 04/04/95 – Primeira comissão, em região Antártica, sob bandeira brasileira – Operação Antártica XIII.

O Brasil foi admitido ao Conselho Consultivo em setembro de 1983. A presença brasileira na Antártica é hoje marcada pelas atividades de pesquisa científica desenvolvidas na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), nos refúgios (Astrônomo Crulls – Ilha Nelson e Emilio Goeldi – Ilha Elefante) e em acampamentos. Para manter essa estrutura, o apoio logístico do Ary Rongel, torna-se fundamental.

A execução do Programa Antártico Brasileiro é responsabilidade da CIRM (Comissão Interministerial para Recursos do Mar), órgão colegiado presidido pelo Comandante da Marinha e cuja secretaria (SECIRM) é responsável pelo planejamento das Operações Antárticas e pela coordenação dos diversos elementos (navios, aeronaves, estação e refúgios) que nelas estão envolvidas.

Características Principais:

– Deslocamento : 1.786t (dwt), 3.628t (grt).

– Dimensões: 75,20m de comprimento, 13,00m de boca e 6,20m de calado.

– Propulsão: diesel; 2 motores diesel de 6 cilindros Krupp-Mak 6M453AK, gerando 4.500 hp e acoplados a 1 eixo com hélice de 4 pás com passo controlável.  Equipado com 2 bow e 1 stern thrusters.

– Facilidade de manobra – possui um leme acionado hidraulicamente.  O piloto automático, associado aos thrusters e ao joystic, permitem ao Navio permanecer num rumo constante ou aproado a uma determinada direção.

– Combustível – 1.038.000 litros.

– Eletricidade – 1 gerador de 1.320 kW, 2 de 200kW e 1 de 60 kW.

– Velocidade: máxima de 14,5 nós.

– Raio de ação: 22.872 milhas náuticas a 11 nós e 98 dias de autonomia.

– Armamemto: nenhum.

– Equipamentos: possui uma porta de carga lateral, no porão superior, a bombordo, medindo 3,5 x 3m; dois guindastes, um com capacidade dpara 3,2 toneladas e outro para 800kg, um pau de carga com capacidade para 17,5 toneladas, um guincho oceanográfico.  Tem capacidade de carga de 1.254m3 em dois porões.

– Aeronaves: 2 helicópteros Helibras UH-13 Esquilo.

– Código Internacional de Chamadas: PWAR

– Tripulação: 78 homens, sendo 18 oficiais e 60 praças.  Possui acomodações para mais de 27 pessoas, dentre pesquisadores, coordenadores da SECIRM, oficiais de intercâmbio de marinhas amigas, órgãos de apoio e mídia.

 Equipamentos Científicos:

– Ecobatímetro de Navegação Furuno FE-700;

– Ecobatímetro Hidrográfico EA-600;

– Guincho Central Karm (Subdividido em dois sistemas: o oceanográfico e o geológico);

– Guincho Lateral ENQUIP;

– Termossalinógrafo;

– Lançador de XBT;

– Estação Meteorológica MAWS410; e

– Ultrafreezer COLDLAB.

 

Fonte: Marinha do Brasil

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