A Polícia Civil de Alagoas se posicionou oficialmente pela primeira vez após o vazamento da transcrição de uma conversa na qual um jovem afirma, entre outras coisas, ter matado a jovem Roberta Dias por asfixia. A arma teria sido um fio e o crime cometido em frente ao pai do bebê da vítima, em abril de 2012. A polícia judiciária de Alagoas já havia apontado os autores materiais do homicídio, além de denunciar a avó do bebê de Roberta Dias, Mary Jane Araújo dos Santos, como autora intelectual do crime, mantendo-a presa por mais de 60 dias.
A coletiva da Polícia Civil aconteceu nesta sexta-feira (4) após matéria publicada pelo Alagoas 24 horas, que trouxe a informação do laudo emitido pela Polícia Federal, no qual um dos interlocutores dá detalhes sobre o crime. Apesar da coletiva, a delegada Maria Angelita se limitou a afirmar que a instituição está há seis anos em diligências para elucidar o crime, mas alegou que por correr em segredo de justiça não pode fornecer detalhes.
Já o delegado Cícero Lima, que preside o inquérito, considerou que o laudo por si só não é suficiente para concluir o inquérito. Questionada sobre se as novas informações invalidavam o que foi afirmado até o momento sobre o inquérito, a delegada disse que não, que o inquérito está “próximo de finalizar” e que todas as pessoas citadas continuam sendo investigadas.
Relembre o caso
Caso Roberta Dias: áudio com confissão pode gerar reviravolta no crime
Sobre a declaração do suspeito de que o corpo de Roberta Dias estaria em uma determinada localidade próximo à Feliz Deserto, no Litoral Sul do Estado, a delegada informou que foram realizadas diligências no local, mas apenas uma ossada de animal foi encontrada. A todo momento, Maria Angelita reforçou que o caso nunca deixou de ser investigado e que todos os “elementos” envolvidos no crime serão identificados.
A reportagem do Alagoas 24 horas foi informada que após a publicação da matéria nesta quinta (3) o jovem que confessa o crime no áudio teria deixado a cidade de Penedo, onde residia e nunca foi preso. O fato, no entanto, não foi confirmado pela PC.
Já um dos policiais apontados pela PC, à época, emitiu a seguinte nota: “Esclareço que na época da ocorrência (2013), de forma midiática e claramente sensacionalista, acredito eu, baseados na péssima distribuição de informações (sem a devida individualização de supostas condutas) por parte da Polícia Civil, alguns meios de comunicação do Estado, restaram por inserir meu nome e até minha foto, os atrelando a esse bárbaro crime.”