Consumo aumenta pelo segundo mês consecutivo em Maceió

O consumo na capital alagoana cresceu pelo segundo mês consecutivo. Entre abril e março, o aumento correspondeu a 6,9%. O dado é da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) elaborada pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Os consumidores com rendimento de até dez salários mínimos cresceram suas aquisições de bens e serviços em 7,18%. Os consumidores com renda superior, 4,42%. Esse aumento é em relação ao mês de março. Já em relação ao mesmo período de 2017, o consumo ainda está inferior na capital. No geral, o consumo é 2,7% menor do que o mesmo mês do ano passado. Para quem tem rendimento acima de dez salários mínimo a redução no consumo é de 15,21%.

Mesmo o consumo da capital ainda abaixo dos indicadores do ano passado, a melhora pontual do consumo reflete os dados da Pesquisa Mensal do Comércio de Alagoas, fornecida pelo IBGE, com defasagem de dois meses. O indicador, sendo o último disponibilizado em fevereiro, demonstra que nos últimos 12 meses (fevereiro 2017 até fevereiro de 2018), a receita nominal do varejo alagoano cresceu 7,5% e o volume de vendas alagoano, 6,5%.

Segundo o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, o efeito de abril se deve a Páscoa que elevou a quantidade de empregos temporários na capital, estimulou o empreendedorismo, permitiu a elevação do consumo e elevou a confiança do consumidor na manutenção de seus postos de trabalho. “Nesse aspecto, a variação mensal foi positiva em 3,2%, no geral. Os consumidores das classes C e D elevaram sua confiança em se manter trabalhando em 3,3%. As classes A e B, em apenas 2%, todos comparando com o mês de março”, explicou o economista.

“Essa melhora na confiança ajuda a todos os trabalhadores a acreditarem que seu trabalho poderá ser recompensado com um aumento, promoção ou até outro emprego melhor”, pontuou Felippe. Assim, a perspectiva de melhora profissional aumentou 6,4%, no geral. Os trabalhadores das classes C e D tiveram uma perspectiva levemente superior, 6,6%. A classe A e B, apenas 2%.

No mês de abril, os consumidores indicaram que a renda familiar atual, comparada com o mesmo mês do ano passado, está 3,1% superior. As famílias das classes C e D perceberam uma melhoria de 3,3%. As classes A e B notaram crescimento de 1,2%, comparado ao mesmo mês do ano anterior.

O indicativo de acesso ao crédito se manteve estável. “O acesso às formas de crédito para aquisição de produtos financiados, quando comparado ao mesmo mês do anterior se mostra estagnado. Um fato positivo é a de que os consumidores, embora não estejam demandando crédito para aquisição de produtos, tem procurado adquirir à vista”, explicou.

A pesquisa aponta que o nível de consumo do mês de abril, comparado com abril do ano passado, em termos de sensação dos consumidores está 16,6% acima do que o período passado. E que, mantendo as mesmas condições deste ano, a perspectiva de consumo ao longo do ano, comparado com o mesmo período restante do ano passado, é de consumir 14,1% a mais.

Com o Dia das Mães, a busca por bens duráveis, seja da linha branca, linha marrom, eletroeletrônicos e diversos outros bens duráveis, apontam para uma maior demanda. E essa demanda se elevou em 14,5% comparado ao mesmo mês do ano passado.

A pesquisa aconteceu nos últimos 10 dias de março de 2018, com cidadãos residentes na capital alagoana. Foram entrevistados 500 consumidores em diversos pontos de comércio.

 

Fonte: Fecomércio

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