Homem foi amarrado em poste no Parque Amazônia, em Goiânia, Goiás
Um jovem de 26 anos preso suspeito de ameaçar a ex-namorada, de 33, em Goiânia, tentava reatar a relação que acabou há cinco anos, segundo a delegada Ana Elisa Gomes, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), em Goiânia. Antes de ser detido, ele foi imobilizado por populares e amarrado a um poste, no Setor Parque Amazônia, até a chegada dos da Polícia Militar.
O rapaz segue preso na Deam até a manhã desta segunda-feira (14) e deve passar por uma audiência de custódia nesta tarde. A delegada diz que ele confirma ter procurado a mulher, mas nega as ameaças.
A prisão ocorreu na manhã de domingo (13), na Avenida Dona Maria Cardoso. Segundo a delegada, a vítima foi abordada quando ia comprar pão. Populares notaram quando ela tentou fugir e o detiveram. A PM informou que o homem tentou escapar pulando telhados.
“Ela disse que eles já terminaram o relacionamento há cinco anos, mas ele ainda a procura por não aceitar. A mulher alega que o suspeito dizia que ia acabar com a vida dela, que se não fosse dele, não seria de mais ninguém”, afirma Ana Elisa ao G1.
Medida protetiva
De acordo com a delegada, a mulher denunciou o ex na última terça-feira (8). Diante da situação, a polícia solicitou e a Justiça expediu, dois dias depois, medida protetiva que o proibia de se aproximar da vítima. No entanto, o suspeito ainda não havia sido intimado da decisão.
No registro do flagrante, conforme a responsável pelo caso, o homem admitiu que havia procurado a ex, mas negou as acusações.
“Ele fala que foi atrás dele, mas que queria apenas conversar e nega que tenha a ameaçado”, conta.
O suspeito, que já possui passagem por roubo, foi autuado pelo crime de ameaça, cuja pena é de um a seis meses de prisão.
A delegada afirma que, como o crime é de menor potencial, há grande possibilidade que ele seja solto. Essa situação é alvo de críticas da agente.
“Acho que o Judiciário tem que olhar com a devida sensibilidade para cada caso dentro das peculiaridades da violência doméstica. Acho que não seria interessante soltá-lo, pois ele já demonstrou que não se intimida pelo que estabelece a lei”, avalia.
