Uma entrevista coletiva na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, esclareceu detalhes a respeito da Operação Luz da Infância 2, que foi deflagrada em todo o país. Em Alagoas, a ação é coordenada pela Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente e conta com a participação de 10 delegados, 70 agentes de polícia e quatro peritos do Instituto de Criminalística (IC).
Até o momento, 129 pessoas foram presas no Brasil durante a segunda fase da operação, que é uma continuação da intervenção que ocorreu em 2017, quando 112 pessoas foram detidas. De acordo com a polícia, o aumento dos números em relação ao ano anterior acontece devido ao também aumento nas investigações feitas pela polícia. O objetivo da ação é de apreender arquivos com conteúdo relacionado a crimes de exploração sexual de crianças e adolescente.
Em Alagoas, nove mandados de busca e apreensão foram expedidos nas cidades de Maceió e Rio Largo e até o momento três pessoas foram detidas. Dentre os presos constam os nomes do zelador Roberto Marinho da Cruz, de 56 anos, o engenheiro Paul Jozef de Jonge, de 55 anos, nascido na Holanda e José Márcio Aciolly, de 40 anos.
O caso que mais chama atenção é o de Marinho, que é zelador de uma igreja no bairro da Jatiúca e utilizava a internet do local para baixar o conteúdo de pornografia infantil. Ele já havia sido flagrado anteriormente praticando um ato obsceno dentro de um coletivo na capital.
Uma das delegadas responsáveis pela operação no Estado, Adriana Gusmão, descreveu o conteúdo de pornografia encontrado pela Polícia Civil envolvendo crianças e adolescentes como “chocante”. A delegada explicou o procedimento que será tomado a partir de agora pela PC para com os detidos.“Os presos serão submetidos a exame de corpo de delito e serão ouvidos no Complexo de Delegacias Especializadas (Code). Depois, todos irão para uma casa de custódia, onde permanecerão até novos esclarecimentos da investigação”, concluiu.
A polícia vai investigar quem são as crianças e adolescentes que estão nas fotos e vídeos apreendidos e se algum dos presos também teria participado das filmagens.
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