Diante da falta de avanço nas negociações com a prefeitura, o Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió (Sindspref) realizou a assembléia na manhã desta segunda-feira (21) para definir o início da paralisação geral dos servidores.
Durante o evento, as categorias estabeleceram que a paralisação irá durar 48 horas nos dias 28 e 29 de maio, além de uma vigília que será realizada dia 4 de junho, prazo final, segundo o presidente da Sindspref, Sidney Lopes, para as negociações com a prefeitura da capital. Caso não haja acordo, os servidores devem decretar greve geral por tempo indeterminado.
As versões da prefeitura e dos sindicalistas são conflitantes em relação ao andamento das negociações. “A prefeitura não negocia, eles chamam a gente para dizer que o valor é zero. Não podemos ficar reféns de uma mentira dessa”, diz Lopes. Já o prefeito Rui Palmeira afirma que as negociações avançaram após o secretário de Gestão Reinaldo Braga se reunir com o sindicato. “Foi feita uma proposta não de reajuste, mas de pagamento do mérito referente aos anos de 2016 e 2017, e isso já daria um impacto forte na folha. Essa é a proposta que nós temos. A situação financeira do município é delicada, mas esperamos conseguir que não haja greve.
O prefeito alega ainda que, em caso de haver greve geral dos servidores, não seria novidade. “Todo ano eles fazem greve, inclusive quando demos 9% de reajuste eles fizeram greve, já estamos acostumados com isso”, concluiu.
A reposição pedida pela categoria é de 15,41%, valor que seria referente aos anos de 2015, 2016 e 2017, entretanto, as negociações com a prefeitura não avançaram. O prefeito Rui Palmeira chegou a afirmar, em entrevista ao Alagoas 24 Horas, que “os percentuais pedidos pelos servidores seriam absurdos” e alegou que a prefeitura não teria condições de pagar o valor.
A última greve decretada pela categoria ocorreu em junho de 2017, quando o movimento foi considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), alegando que o sindicato não teria cumprido um dos requisitos que era de comunicar à sociedade sobre a data da paralisação.
Congestionamento
O fim da assembleia levou os servidores municipais às ruas, onde protestaram pelo reajuste de 15,41%. No local, acabou sendo formado um congestionamento intenso na Avenida da Paz. Muitos carros e coletivos permaneceram parados esperando a liberação total da pista.