Caso Franciellen: MP diz que Vanessa Ingrid é extremamente perigosa

Jorão Urtiga/ Alagoas24horasVanessa Ingrid e demais acusados são julgados pela morte brutal de Franciellen

Vanessa Ingrid e demais acusados são julgados pela morte brutal de Franciellen

Vanessa Ingrid da Luz Souza, Thiago Handerson Oliveira Santos, Saulo José Pacheco de Araújo e Victor Uchôa Cavalcanti, acusados de torturar e queimar viva a jovem Franciellen Araújo Rocha, em 14 fevereiro de 2013, além da ré Nayara da Silva, acusada exclusivamente por crime de tortura contra a vítima, foram levados a julgamento pelo Tribunal do Júri da 9ª Vara Criminal da Capital nesta quarta-feira (23).

A motivação do crime seria uma crise de ciúmes de Vanessa com o parceiro, conhecido na região como Ninho, do Zé Tenório. A acusada, então, teria decidido matar todas as mulheres que tivessem se envolvido com ele.

O júri popular está sendo conduzido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim. O julgamento, segundo Amorim, deve se estender até o início da tarde, período em que serão ouvidas 11 pessoas, entre elas, seis testemunhas e cinco interrogatórios. Além delas, serão ouvidos durante o julgamento o promotor José Antônio Malta Marques e os advogados de defesa dos acusados.

Jorão Urtiga/ Alagoas24horasPromotor Malta Marques diz que ré é "extremamente perigosa"

Promotor Malta Marques diz que ré é “extremamente perigosa”

Em entrevista ao Alagoas 24 Horas, Marques, que representa o Ministério Público, defendeu a posição de que o crime ocorreu de forma cruel e que todos os réus estariam envolvidos de diferentes formas. “Todos participaram deste crime em diferentes graus. Os três de maior participação são os acusados Vanessa Ingrid, o Thiago e o Victor, entretanto, Saulo foi de suma importância para a concretização do crime, visto que, se não houvesse o carro dele, certamente o homicídio não teria acontecido”, disse.

O promotor do Ministério Público descreveu Vanessa Ingrid como “extremamente perigosa” e afirmou que a ré já respondeu processos administrativos por indisciplina, ao tentar criar motins dentro do presídio, além de já ter sido transferida para um presídio de segurança máxima em Pernambuco.

O advogado de defesa da ré Vanessa Ingrid, Leonardo Ribeiro, afirmou que a expectativa da defesa é sustentar a tese que nega autoria. “Queremos convencer os jurados de que a ré não cometeu o crime de homicídio qualificado, mas apenas as agressões contra Franciellen, que foram feitas dentro do apartamento. As únicas provas contra Vanessa são as testemunhas, que são os réus que já estão presos, mas nos áudios investigados não há provas de que Vanessa teria mandado ou participado do homicídio qualificado”, defendeu.

A jovem Vanessa Ingrid Luz Souza foi presa pela primeira vez ainda em 2013, pela morte de Franciellen. Ela sofreu sua primeira condenação em março de 2016, quando condenada pela morte de Amanda Celeste da Conceição, de 18 anos. Na ocasião, Vanessa foi condenada a 17 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Ela ainda foi acusada de participar da morte de Bárbara Regina, que desapareceu após sair de uma boate na Ponta Verde em setembro de 2012, mas este último não foi provado.

João Urtiga/Alagoas 24 HorasVanessa Ingrid da Luz Souza

Vanessa Ingrid da Luz Souza

O julgamento, que transcorre durante a manhã e tarde desta quarta pode definir pena de mais de 20 anos podendo ser reduzido caso do homicídio de Franciellen Araújo Rocha, em fevereiro de 2013.

O crime                                                                                Segundo denúncias feitas na noite do crime, Franciellen Araújo foi espancada e torturada pelos acusados e também por menores de idade no apartamento de Vanessa Ingrid, sendo levada posteriormente para uma estrada de barro em um Condomínio Residencial Serra Mar, no bairro da Serraria, onde foi imobilizada e queimada, ainda viva.

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