Com a proximidade dos festejos juninos, o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, está mobilizando, mais uma vez, as equipes médicas e alertando a população acerca da prevenção e cuidados com queimaduras provocadas por fogos de artifício. Relatório divulgado, esta semana, pelo Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), mostra que, de janeiro a dezembro do ano passado, o hospital atendeu 439 vítimas de queimaduras.
Desse total, 24 pessoas apresentaram ferimentos provocados por fogos de artifício. No período, foi registrado um óbito. O relatório também mostra que, de janeiro a maio deste ano, o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, já atendeu 30 vítimas de queimaduras, sendo 11 por conta de acidentes e manuseio de fogos de artifício.
Em razão disso, a gerência do hospital, que tem à frente a médica Regiluce Santos, está novamente mobilizando as equipes para orientar a população e dar importantes dicas para evitar esses tipos de acidentes. O cirurgião-plástico Luís Carlos Tavares revela que a maior parte dos acidentes com queimaduras ocorre no ambiente doméstico e atinge, principalmente, as crianças até três anos de idade.
O médico do HE do Agreste, que é especialista em cirurgias reparadoras e estéticas, diz que as queimaduras são provocadas após contato com líquidos superaquecidos, como leite, café e água fervente. “As mães deixam os filhos menores brincando na cozinha e, por algum descuido, acaba acontecendo os acidentes”, observa o cirurgião, informando que as queimaduras atingem rosto, mãos, braços, tórax e abdome das crianças.
Atenção, Pais – Agora, às vésperas dos festejos juninos, alerta o médico, os cuidados devem ser redobrados para evitar acidentes com fogos de artifício. “Aconselhamos os pais a acompanhar seus filhos na compra de produtos que sejam compatíveis com a idade das crianças. Dessa forma, será possível evitar acidentes com queimaduras mais graves nas crianças”, acrescenta.
Ainda de acordo com o cirurgião-plástico, os adultos também são vítimas de acidentes com queimaduras. Ele explica que a grande maioria dos casos ocorre no ambiente de trabalho, com o contato com substâncias inflamáveis ou fogo em caldeiras. “Nesses casos, as cirurgias são mais delicadas, porque as queimaduras apresentam grandes lesões com perdas de pele e das estruturas vasculares, havendo necessidade de outros procedimentos reparadores, incluindo enxertos e cirurgias plásticas”, explica.
No caso dos acidentes com fogos de artifício, o médico do Hospital de Emergência do Agreste, relata que os danos são muito graves. “As pessoas devem ter muito cuidado ao soltar rojões e outros fogos de artifício, porque as queimaduras são profundas e, em alguns casos, provocam a perda de um membro do corpo, como dedo e mão, deixando a vítima com sequelas para o resto de sua vida”, alerta o especialista.