O inquérito que investigou o assassinato da jovem Roberta Dias foi concluído após seis anos. A peça policial foi entregue na última sexta-feira (1º) à Justiça e remetido ao Ministério Público, que deverá decidir pela denúncia dos suspeitos apontados. Informações apuradas pelo Alagoas 24 horas dão contam que a polícia judiciária representou pela prisão dos suspeitos, cujas identidades não foram confirmadas.
A assessoria do MPE/AL divulgou nota na noite desta segunda-feira (4) informando que o promotor Sitael Lemos, titular da 4ª Promotoria de Justiça, afirmou que “não houve tempo hábil para a peça de investigação ser analisada com a profundidade e o detalhamento necessário. Só depois de estudar todo IP é que o promotor adotará o procedimento que entender ser o adequado ao caso”.
O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, também afirmou que não irá pronunciar sobre o inquérito, cabendo agora ao Ministério Público e à Justiça.
O caso Roberta Dias voltou às manchetes após a divulgação da transcrição de um laudo da Polícia Federal entre suspeitos de participação no crime vazar para a imprensa. No áudio, um jovem contava detalhes de como havia ocorrido o assassinato. Anteriormente, a Polícia Civil havia apontado os supostos autores do crime, entre eles a avó do bebê que Roberta Dias esperava e policiais civis que atuavam na Delegacia de Penedo. O áudio se tornou público no começo do mês de maio e provocou uma reviravolta no crime.
Roberta Costa Dias, 18 anos, desapareceu no dia 11 de abril de 2012, quando saiu de casa com destino ao posto de saúde da cidade, onde faria exame pré-natal. A jovem estava grávida de um colega de escola, cuja família não aceitava o relacionamento. A família da menina chegou a oferecer recompensa de R$ 5 mil para quem fornecesse informações que levassem ao seu paradeiro, mas seu corpo jamais foi localizado.
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