Cerca de 150 agentes de trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) decidiram em assembleia do Sindicato dos Agentes Municipais de Trânsito do Estado de Alagoas (Sindatran/AL) realizar quatro dias de paralisações no fim do mês de junho (22, 23, 24 e 29). O clássico entre CSA e CRB deste sábado (9), porém, não será afetado.
De acordo com o presidente do Sindatran/AL, José Glauco, a categoria chegou a cogitar realizar uma paralisação no clássico, mas os agentes decidiram trabalhar no dia da partida. “Nós cogitamos parar no clássico, mas decidimos trabalhar normalmente. Porém, nós realizaremos uma manifestação no próximo dia 15 lá na sede da SMTT e já anunciamos que iremos paralisar nos dias 22, 23, 24 e 29 de junho”, explicou.
O presidente do Sindatran/AL afirmou que a categoria tem reivindicado junto à Prefeitura de Maceió o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), reajuste salarial de 15,5%, melhoria das condições de trabalho e gratificações por insalubridade e periculosidade.
“Já estamos há três anos sem aumento salarial e há dois anos negociando com a prefeitura, mas nada foi feito até o momento. Nós não temos sequer um extintor de incêndio aqui no prédio da SMTT. Quando chove, aqui fica cheio de água”, disse José Glauco.
Apesar da paralisação, a categoria deverá trabalhar com 30% do efetivo para atendimento de casos prioritários como acidentes com vítimas graves, boletins de trânsito e outros serviços. “Nós estamos abertos a negociações. Caso a prefeitura nos apresente uma proposta e a categoria aceite na reunião que teremos no próximo dia 15, as paralisações serão suspensas”, finalizou o presidente do Sindatran/AL.
Em nota, a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) afirmou que a Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), vem negociando a possibilidade de reajuste salarial para todas as categorias dos servidores públicos municipais, entre as quais também estão os agentes da SMTT. Na última segunda-feira, dia 4, a Prefeitura apresentou a proposta de reajuste de 1,85%. A gestão busca o equilíbrio entre o que os sindicatos reivindicam e o que a Prefeitura pode conceder, sem comprometer as finanças da administração, principalmente no que diz respeito ao pagamento pontual da folha salarial.