Nesta terça-feira, 10, durante entrevista por telefone à Rádio Jacobina FM, onde foi sabatinado pelos comunicadores Geyder Gomes e Fábio Márcio, o senador Fernando Collor de Melo, pré-candidato à Presidência da República pelo PTC, criticou os parlamentares responsáveis pela sua cassação em 1992. “Um magote de cabra sem vergonha me tirou da Presidência da República”, desabafou.
Collor também criticou o tratamento diferenciado concedido à ex-presidente Dilma Rousseff que, ao contrário dele, teve seus direitos políticos preservados. “A lei é a mesma (a Constituição), mas, no impeachment da Dilma, tivemos a aplicação de dois pesos e duas medidas”, criticou.
Durante a entrevista, Collor falou de um novo acordo com a sociedade. “Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito”, destacou.
Collor também relembrou a abertura econômica do país e da consolidação do lastro financeiro que possibilitou a implantação do Plano Real pelo seu vice-presidente, Itamar Franco, e o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.
Fernando Collor ocupou a presidência, entre 1990 e 1992, quando sofreu um processo de impeachment. Ele foi eleito senador em 2006, e reeleito em 2014. Em 2016, ele se filiou ao PTC, partido originado do PRN, legenda pela qual ele foi eleito presidente em 1989.