As vendas de veículos seminovos, que têm até 3 anos de uso, fecharam o 1º semestre com queda de 50,9% em comparação com o mesmo período de 2017, mantendo o cenário visto no começo do ano.
Os seminovos foram a única “faixa etária” a apresentar queda, após altas seguidas nos últimos 4 anos.
O volume total de vendas de veículos usados praticamente se manteve, com leve alta de 1,1%, também na comparação com o ano anterior. O que tem acontecido é que os carros mais velhos passaram a ser mais negociados.
Segundo a federação dos revendedores de usados, a Fenauto, os campeões de venda no 1º semestre foram os com 4 a 8 anos rodados (“usados jovens”), somando 2,73 milhões de unidades de janeiro a junho, volume 32% maior que o de 1 ano atrás.
O segundo maior montante foi o dos usados com 13 anos ou mais (“velhinhos”), com 1,49 milhão de unidades negociadas, 29% a mais.
Em terceiro ficaram os seminovos , com 1,37 milhão de vendas, superando apenas os usados de 9 a 12 anos (“maduros”), com 1,2 milhão de unidades negociadas, uma alta de 72% nas vendas, a maior entre os usados.
Ao todo, a venda de veículos usados somou 6,8 milhões de unidades, de acordo com a Fenauto.
Causas da queda
Segundo especialistas ouvidos pelo G1 em abril último, quando já havia forte queda dos seminovos, duas tendências derrubaram as vendas desses veículos:
parte dos clientes passando a procurar veículos mais velhos porque o preço dos seminovos subiu nos últimos anos, com a forte procura;
parte voltando a comprar carro zero
As vendas de carros novos somaram foram 1,16 milhão de unidades de janeiro a julho, 14,5% a mais do que no mesmo período de 2017.