Um casal, suspeito de ser cúmplice na morte da grávida que teve o bebê arrancado do útero em Paraibuna (SP), foi preso na tarde desta terça-feira (17). Para a Polícia Civil, que investiga o homicídio seguido do roubo do recém-nascido, essas duas pessoas também estavam no local do crime. Agora, quatro estão presos suspeitos do assassinato da andarilha Leilah dos Santos, de 39 anos.
O casal preso nesta terça já tinha prestado depoimento na última semana, na condição de testemunha. Eles foram gravados na imagem obtida pela polícia, em que a principal suspeita aparece em uma tentativa frustrada de registrar o bebê no cartório.
Eles são amigos da mulher e disseram que foram ao local apenas fazer companhia à ela. No primeiro depoimento à polícia, eles negaram qualquer envolvimento no crime. Esse foi o pontapé da investigação.
A dupla contou que desconfiou da amiga e do companheiro dela, que deram versões diferentes para o surgimento da criança.
A suspeita disse que a criança tinha sido adotada e o namorado dela, que tinha feito o parto – eles relataram ao delegado, na ocasião, que as versões conflitantes chamaram a atenção. Como inicialmente não havia suspeita do envolvimento do casal no assassinato da gestante, eles foram liberados.
No entanto, depois da prisão da suspeita e do namorado em uma favela no Rio de Janeiro, no sábado (14), e do resgate do bebê, o casal de amigos da suspeita foi ouvido de novo. Desta vez, segundo a polícia, eles teriam confessado a participação no assassinato.
A vítima foi morta, teve o bebê roubado e foi queimada. O corpo dela foi achado no dia 4 de julho às margens da represa de Paraibuna, na zona rural da cidade.
No novo depoimento eles contaram que o parto da vítima, no dia 28 de junho, foi feito com uma navalha. Antes, a mãe do bebê foi golpeada com o objeto cortante no pescoço. O homicídio, o casal atribui ao companheiro da suspeita presa no sábado.