Um desdobramento da Operação Placebo deu conta que 23 carretas de remédios para diversos fins foram apreendidas em mandados de busca e apreensão expedidos durante a ação deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Alagoas em três estados, que visa desarticular uma organização criminosa especializada em corrupção de agentes públicos, falsificação de documentos e lavagem de bens. Segundo as informações, o grupo já teria causado um prejuízo de cerca de R$ 197 milhões.
A operação está em andamento desde a noite do último domingo (15) e, dos 10 mandados de prisão preventiva expedidos, oito foram cumpridos, sendo quatro em Maceió, incluindo a prisão de um auditor fiscal alagoano e quatro em Sergipe. Duas pessoas ainda estão foragidas.
Em entrevista coletiva, o promotor de justiça Cyro Blatter, coordenador do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), esclareceu que as caixas de remédio apreendidas pertencem ao estado de Alagoas. “O que foi apreendido são, provavelmente, medicamentos que faltam nos hospitais e postos de saúde. Tratam-se de medicamentos que pertencem ao cidadão alagoano e a gente espera que seja distribuído para o povo”, disse.
Blatter afirma ainda que, se juntadas todas as caixas de medicamentos, o volume equivale a um edifício regular de quatro andares. Além das caixas de remédio, nove carros de luxo também foram apreendidos.
Quando perguntado sobre o andamento das investigações, que começaram há aproximadamente seis meses, o promotor afirmou que 90% do processo já está concluído, e aguarda também a liberação dos medicamentos por parte da 17ª Vara Criminal de Maceió, para que a distribuição possa ser feita para os cidadãos alagoanos.