Uma imagem da atriz israelense-americana Natalie Portman como caloura de uma universidade viralizou nas redes sociais nesta semana. Um colégio particular em Patos de Minas (MG) divulgou em outdoors a propaganda de um curso preparatório para vestibulares com a foto dela.
Diante da repercussão, a agência criadora assumiu que a imagem era da internet. A campanha foi retirada de circulação nesta terça-feira (23).
A peça publicitária foi divulgada em três outdoors por 15 dias. Na imagem aparecem diversas pessoas representando recém-aprovados em universidades, com rostos pintados e cabelos raspados.
Em nota, a agência publicitária Dom Quixote tratou a situação como um “infeliz acaso” e justificou a atitude dizendo que a foto da atriz foi utilizada pela dificuldade de se achar mulheres carecas e felizes em bancos de imagem.
“O conceito da campanha focava em aprovados, por isso surgiu a ideia de trabalharmos com a imagem de pessoas carecas (símbolo de aprovação). Todas as imagens da peça, com exceção da Natalie, são de bancos de imagens profissionais. Sabemos que não é comum que moças raspem a cabeça ao serem aprovadas e encontrar a imagem da atriz de forma aleatória e sem identificá-la não passou de um infeliz acaso. Pedimos desculpas ao colégio pelo problema. Apesar de engraçada, a situação é bem séria”, disse ao G1 a agência em nota.
Natalie Portman nasceu em Jerusalém, mas foi radicada desde criança nos Estados Unidos. Ela foi premiada com um Oscar de melhor atriz por “Cisne Negro” (2010) e raspou a cabeça durante atuação para o filme “V de Vingança” (2005).
No comercial do Colégio Da Vinci, a atriz aparece com a sigla “VET” na testa, sugerindo uma aprovação na graduação de medicina veterinária. Em apenas uma publicação no Twitter uma montagem da foto da atriz e com o comercial da escola foi compartilhada 13 mil vezes. Além disso, o assunto também foi comentado no Facebook.
Por telefone, o diretor do colégio de ensino fundamental, médio e cursos preparatórios para concurso e vestibulares explicou que contratou a agência, que infelizmente errou na produção do conteúdo.
“Trabalhamos há quase dez anos em parceria com a mesma agência e sempre pedimos cuidado. Como não é comum imagens de mulheres carecas em banco de imagens eles utilizaram uma aleatória na internet. O colégio está há 30 anos no mercado e não imaginávamos toda essa repercussão”, concluiu o diretor Jamil Safatle.