O filho adolescente do idoso de 68 anos, Jorge Aciole Silva, assassinado na madrugada desta terça-feira (31) no município de Pilar, na Região Metropolitana da Capital, apontado inicialmente como autor do crime, foi ouvido e liberado pela Polícia Civil (PC). Ele nega as acusações.
De acordo com o delegado José Carlos, titular do 23º Distrito Policial (DP), a liberação se deu pela falta de provas contra o menor de 15 anos, já que a única testemunha ocular do crime, a companheira da vítima, nega ter reconhecido o enteado, que mora com a mãe em outra residência.
“A companheira da vítima estava muito abalada e não pode comparecer a delegacia, mas nós a ouvimos por telefone e ela disse não ter reconhecido o adolescente na cena do crime. Por esta razão, pela falta de outras provas e por ele ter apresentado um álibi, nós o liberamos”, explicou o delegado, acrescentando que foi pedido que o menor informasse qualquer eventual mudança de endereço e que a testemunha será ouvida formalmente depois.
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O delegado, contudo, afirmou ainda que a versão apresentada por outras testemunhas – de que o menor teria envolvimento com drogas – está confirmada e não descarta o envolvimento dele com o crime de maneira direta ou indireta.
“O jovem já teve envolvimento com o tráfico de drogas sim, e, apesar de nunca ter sido apreendido, seu nome figurou em investigações a respeito de uma das facções criminosas que atua aqui no município [Pilar]. Ele alegou que não usa drogas há nove meses e que no mês passado, inclusive, sofreu uma agressão física, por causa do seu afastamento, mas isso não exclui a possibilidade dele ter envolvimento com o crime como mandante e até mesmo executor”, pontuou.
E continuou: “Nós acreditávamos que o caso estava praticamente solucionado e tivemos pressa em ouvi-lo para que não passasse o tempo do flagrante, mas diante dessa nova realidade, vamos tentar esclarecer outros pontos em aberto, como o fato de o portão não ter sido arrombado e da vítima ter uma relação tida como difícil com o filho”, concluiu sem descartar os fatos da vítima ter sido morta com apenas um tiro – algo que não é comum em crimes de execução – e dos bandidos terem levado R$ 250 em espécie, além de vários cartões de crédito do local.
O delegado disse que as investigações continuarão sem descartar nenhuma hipótese – de crime contra o patrimônio (latrocínio) ou de execução – e informou que vizinhos serão chamados para prestar depoimentos, q que uma câmera que havia no local, está sendo analisada para saber se suas imagens foram gravadas e podem ajudar no elucidação do crime.