Diante do ritmo fraco da construção civil, setor que vem registrando os piores resultados mesmo depois do início da recuperação da economia, o governo vai tomar uma medida para estimular a construção de imóveis no país.
Nesta terça-feira (31), o Conselho Monetário Nacional vai elevar o valor máximo do imóvel que pode ser adquirido com recursos do FGTS. Vai passar de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão.
Na prática, o governo voltará a uma regra que vigorou até 31 de dezembro do ano passado, quando o CMN havia elevado para R$ 1,5 milhão o valor do imóvel que pode ser financiado pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH), no qual o comprador pode usar recursos do seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Na época, o valor vigorou entre fevereiro e dezembro de 2017 como uma medida temporária, de estímulo ao setor da construção civil.
Agora, como o setor continua cortando mais vagas de trabalho do que gerando, e a economia está num ritmo bem mais lento do que o previsto pela equipe econômica, a regra volta a vigorar. Com uma possível novidade: o valor maior, de R$ 1,5 milhão, era fixado apenas para grandes cidades, como São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte. Agora, deve valer para todo o país.
O CMN deve fazer mudanças também no percentual que os bancos devem aplicar em crédito imobiliário. Hoje, eles precisam direcionar 65% do montante depositado em caderneta de poupança para o crédito imobiliário, sendo 80% destes 65% no SFH.
O governo pode flexibilizar a regra, permitindo que os bancos usem uma parte destes recursos no financiamento de imóveis fora do SFH.