A campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo foi prorrogada em Maceió. Atendendo orientação que o Ministério da Saúde (MS) divulgou para todos os estados e municípios que não atingiram a meta de 95%, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Imunizações, irá estender o período da vacinação. Agora, as crianças poderão ser vacinadas até o dia 28 de setembro.
“O Ministério decidiu manter o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) aberto até o dia 28, para que os estados e municípios possam fazer a inclusão dos dados da cobertura vacinal e nós estenderemos a imunização até esta data. A prorrogação não é só para cumprir a meta, mas para evitar que essas doenças voltem a circular em Maceió”, disse Eunice Amorim, gerente de Imunizações da SMS.
Até o momento, a capital alagoana atingiu o percentual de imunização de 88,36% para a poliomielite e de 88,24% para o sarampo. De acordo com Eunice, já foram identificados nove casos suspeitos de sarampo, sendo oito descartados e um ainda sob investigação. Ela lembra, porém, que durante o período de prorrogação da campanha, a vacinação ficará concentrada apenas nas salas de vacina das unidades de saúde do Município.
“Os pais que ainda não vacinaram seus filhos têm mais uma chance de atualizar a caderneta de vacinação e garantir a imunidade delas contra essas doenças. É importante lembrar que essas doenças representam risco de cegueira, surdez e podem levar ao óbito. Por isso, precisamos mantê-las longe de nossas crianças”, reforça a gerente.
De acordo com a Gerência de Imunizações da SMS, em todo o Brasil já foram identificados 1.600 casos de sarampo, com oito óbitos. Os estados mais afetados pela doença são Pernambuco, Roraima, Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Pará.
Eunice Amorim explica, ainda, que não foi registrado nenhum caso de poliomielite (paralisia infantil) nesse período e que a doença foi eliminada do Brasil em 1990, mas que se os índices de cobertura vacinal não forem atingidos de forma satisfatória existe o risco de retorno da doença, principalmente, se essas crianças não imunizadas forem expostas a algum caso importado de outro país.