Levantamento exclusivo realizado pela ONG Ranking dos Políticos, que atua na fiscalização da gestão dos parlamentares brasileiros, aponta que os deputados federais e senadores de Alagoas faltaram, somados, 494 vezes nas sessões plenárias do Congresso entre 2015 e 2018. Do total de ausências, 142 delas não foram justificadas até o momento.
O líder nesse quesito foi o senador Renan Calheiros (MDB), que registrou 107 faltas – 14 delas não justificadas. O deputado Nivaldo Albuquerque (PTB) também se destaca negativamente por não ter justificado 44 das suas 51 faltas. Já o menos faltoso no estado é o deputado Pedro Vilela (PSDB). Ele não marcou presença em seis sessões, sendo quatro delas não justificadas.
O Ranking dos Políticos também mostra que os congressistas alagoanos gastaram R$ 13.289.695,08 com cotas e verbas indenizatórias até o presente momento do mandato. Desse montante, R$ 4.022.208,46 foram utilizados pelos deputados e senadores do estado para divulgação das suas atividades – cerca um terço da verba total. Em contrapartida, os parlamentares consumiram menos em consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos: R$ 1.428.238,79.
Ex-presidente da República, Fernando Collor (PTC) é o único congressista de Alagoas que utilizou verba pública para pagamento de serviços de segurança privada. Ele gastou R$ 951.630,47 em quase quatro anos de mandato, média mensal de R$ 21.627,96. Porém há um detalhe importante: como ex-presidente, Collor já tem direito a quatro servidores para sua segurança pessoal, além de dois motoristas e dois assessores.
Ranking estadual
De acordo com as avaliações do Ranking dos Políticos, Alagoas conta apenas com um representante entre os 100 melhores do País. Trata-se do deputado Pedro Vilela (PSDB), quinto colocado da lista nacional. Os demais figuram entre 301º e 594º, sendo que o pior congressista alagoano é o deputado Ronaldo Lessa (PDT), que ocupa a 582ª colocação. O mapa completo pode ser conferido no link http://www.politicos.org.br/.
Sobre o Ranking dos Políticos:
Ranking dos Políticos atua na classificação e compliance do setor público por meio de ferramentas tecnológicas compiladas pelo Portal da Transparência e informações públicas de parlamentares brasileiros. Os critérios utilizados pelo Ranking são absolutamente técnicos, levando em conta fatores como assiduidade, gastos da cota parlamentar, processos judiciais e atuação legislativa. Todas as informações publicadas no Ranking são públicas, disponíveis nos sites oficiais do Senado e da Câmara dos Deputados e dos Tribunais de Justiça.