Um homem foi baleado e morreu em tentativa de assalto a um bar, na noite de quarta-feira (26), no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. Toda a ação aconteceu na frente do filho de 10 anos.
De acordo com Conceição Veras dos Santos, mulher da vítima, o chefe de cozinha Francisco Vilamar Peres, de 49 anos, foi baleado no rosto quando tentava proteger a criança. O crime foi na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido.
Segundo a esposa, o bandido colocou uma arma na cabeça do filho do casal e exigiu o telefone celular. O pai reagiu e foi atingido.
“Meu filho estava com celular na mão, jogando, quando chegou o bandido e apontou a arma para a cabeça do meu filho. E mandou: ‘Passa o celular para cá, se você não me der, eu atiro'”, contou a mãe.
“E aí foi quando meu esposo reagiu. Bandido foi e atirou. A gente fala que nunca vai acontecer com a família da gente, mas um dia ela chega, né? E para mim é um absurdo. E as autoridades que estão lá em cima poderiam ver mais por nós que estamos aqui embaixo. Afinal de contas, eles estão lá porque a gente também bota”, desabafou Conceição.
Queixa no atendimento
Depois de ser baleado na cabeça, Francisco foi levado pelos policiais para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.
Muito abalada, a família conta que Francisco, mesmo baleado na cabeça, ficou no corredor da Emergência.
De acordo com outra filha do casal, a família chegou a ser avisada de que o estado de saúde do pai era estável e apenas quatro horas depois o hospital comunicou a morte de Francisco.
Outro lado
Em nota, a Direção do Hospital Municipal Souza Aguiar informou que Francisco deu entrada às 22h04, “sendo prontamente atendido pela cirurgia geral, conforme estabelece protocolo de trauma”.
“Naquele momento, a prioridade era a estabilização do quadro clínico, tendo em vista que as vias aéreas (sistema respiratório) estavam obstruídas por grande quantidade de sangue e o quadro era gravíssimo, inviabilizando naquele momento uma intervenção neurocirúrgica”, prosseguiu.
“O paciente foi entubado, e todos os procedimentos indicados foram realizados, porém ele sofreu uma parada cardiorrespiratória. As manobras de ressuscitação foram tentadas, sem sucesso, e o óbito foi constatado à 1h24”, emendou.
“Todo o atendimento foi feito na Sala de Trauma, ambiente da Emergência adequado para esses procedimentos e onde o paciente é permanentemente assistido”, continuou.