Oferecer suporte jurídico e psicológico gratuito a mulheres vítimas de violência é o trabalho do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), Organização Não Governamental (ONG) sediada no bairro do Santos Dumont, em Maceió.
A Universidade Federal de Alagoas é parceira na realização de parte das atividades do espaço, inaugurado em março deste ano. Os principais serviços ofertados são de acolhimento às vítimas, assistência sociojurídica, terapia comunitária integrativa e orientação sobre os direitos da mulher. Com um atendimento humanizado, em todo o centro é possível encontrar mulheres ministrando palestras, oficinas, roda de terapia, dentre outras atividades. Todas atuando voluntariamente.
A diretora da Faculdade de Direito (FDA) da Ufal, professora Elaine Pimentel, atua na ONG, de forma voluntária, desde a criação. “Participei do ato constitutivo do centro e foi dialogado e decidido que haveria um aspecto acadêmico, com eventos abertos ao público, como palestras e demais atividades por meio da extensão universitária”, explica a docente que tem a função de coordenadora de projetos no CDDM. “O centro é um equipamento público, de origem na própria comunidade. Fazer parte dele é uma forma de aproximar a Faculdade de Direito da sociedade, por meio do Escritório Modelo da FDA”, ressalta.
O Escritório Modelo de Assistência Jurídica (Emaj), ao qual a docente se refere, atua como parceiro do CDDM encaminhando os casos de violência contra a mulher que chegam até o Emaj. De lá, também saem alguns estagiários que atuam como voluntários no Centro de Defesa.
Ao falar sobre a importância da ONG, Pimentel destaca que é uma iniciativa de mulheres, advogadas, médicas, assistentes sociais, psicólogas, entre outras profissionais, que, de forma voluntária e gratuita, atende mulheres carentes. “É um atendimento sistemático e de acolhimento, que busca fortalecer, empoderar, tornar a existência da mulher forte e digna”, destaca a diretora da FDA. Segundo Pimentel, no local há aulas de dança, curso de artesanato, de defesa pessoal, capoeira, entre uma série de atividades.
“Muitas das vítimas de violência não podiam pagar para serem atendidas. A proposta de criar a ONG se concentrou não só na parte jurídica, mas também na ascensão social dessas mulheres em situações de vulnerabilidade”, conta uma das voluntárias do Centro, a estudante Beatriz dos Santos.
Sobre o CDDM
A proposta inicial da coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher, a advogada Paula Lopes, era inaugurar um escritório jurídico especializado no atendimento de gênero, mas, devido à intensa demanda de casos de violência contra a mulher, ela viu a urgência em expandir a atuação. “Vimos a necessidade de nos organizar enquanto instituição, cobrar à rede de atendimento à mulher vítima de violência um funcionamento eficaz e que a gente oferecesse também, diante das nossas possibilidades, um meio dessa mulher sair da condição de vítima, se empoderar e ser uma transformadora social”, explica Lopes.
O espaço funciona de segunda a sexta-feira, com serviço de assistência social, atendimento jurídico e psicológico das 9h às 14h, além das aulas de defesa pessoal, dança, artesanato, percussão e leitura feminista. O Centro recebe doações para estruturar a entidade. Para mais informações, ligar para (82) 98812-5800 ou acessar a página do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher no Facebook.