O Poder Judiciário de Alagoas iniciou o cadastramento biométrico dos presos do Presídio de Segurança Máxima do Agreste, em Girau do Ponciano, nesta sexta-feira (26). A atividade é conduzida pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário (GMF).
A previsão é que o cadastro dos 960 reeducandos do estabelecimento seja concluído em duas semanas. O desembargador Celyrio Adamastor, supervisor do GMF, cita os benefícios da medida, que deve ser adotada em todo o Brasil, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Com o cadastramento biométrico, vamos saber a real população carcerária, de condenados e provisórios. A intenção também é evitar fraudes, com homônimos e pessoas que trocam de nome, são condenadas em outro estado, vem para Alagoas perpetrar um crime e são tidas como primárias”, explicou Celyrio Adamastor, que é vice-presidente do Tribunal de Justiça.
O desembargador apontou ainda a necessidade integração das informações dos órgãos de Justiça e segurança de todo o País. “Esse sistema será integrado ao CNJ, à Secretaria de Segurança Pública do Estado, ao Instituto de Identificação e todas as polícias, em nível nacional”, frisou.
Para Lourival Silva, gerente operacional do Presídio do Agreste, a biometria “é o futuro”. “Vem facilitar a identificação e o controle dos presos”, disse.
O sistema para o cadastro foi desenvolvido pela Diretoria Adjunta de Tecnologia da Informação (Diati) do Tribunal. O GMF espera concluir até o final do ano o cadastro de todos os estabelecimentos prisionais do estado.
Na oportunidade, GMF também realizou uma inspeção no presídio. Além de Celyrio Adamastor, participaram da atividade o juiz Josemir Pereira, coordenador do GMF, e assessores.