O economista Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda de Jair Bolsonaro (PSL), disse neste domingo (28) que a mudança do modelo da economia será focada em três “grandes itens” para controle dos gastos públicos. Segundo Guedes, a prioridade será reforma da previdência.
“O primeiro grande item: a previdência. Precisamos de uma reforma da previdência. O segundo grande item do controle de gastos públicos: as despesas de juros. Vamos acelerar as privatizações porque não é razoável o Brasil gastar 100 bilhões de dólares por ano de juros da dívida. O Brasil reconstrói uma Europa todo ano (…) O terceiro é uma reforma do estado, são os gastos com a máquina pública. Nós vamos ter que reduzir privilégios e desperdícios”, explicou.
Guedes citou ainda outras medidas como simplifcar e reduzir impostos, eliminar encargos e impostos trabalhistas sobre a folha de pagamentos para gerar, em dois ou três anos, 10 milhões de empregos novos.
Segundo o guru econômico de Bolsonaro, o principal problema do país é o descontrole de gastos públicos, que “corrompeu a política e travou o crescimento econômico”.
Vitória ao lado de ‘poucos amigos’ e ‘família’
O presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, também conversou com jornalistas após a vitória de Bolsonaro. Ele contou como o o presidente eleito acompanhou a vitória nas eleições.
“Só a família dele, alguns poucos amigos. Do partido pouquíssima gente, tava Julian Lemos, deputado federal agora, coordenador da campanha e do partido no Nordeste. Onyx Lorenzoni, general Heleno… Então, foi um momento de muita alegria, o presidente comemorando com a primeira dama, sempre de forma muito contida, muito equilibrada”, contou.
Defesa
O general Augusto Heleno, nome cotado para o Ministério da Defesa, disse que já vinha conversando com Bolsonaro sobre muitos temas que, agora, o militar afirmou que precisarão ser colocados em prática. O oficial adiantou que não há um projeto principal. Segundo ele, tudo é prioritário e urgente.
“Não tem nenhum projeto que eu possa dizer: ‘Ah, esse vai ser o primeiro projeto a ser colocado em prática’. Nós temos tudo de prioridade e urgência. Não adianta eu adiantar isso aqui. Eu não sou o primeiro-ministro do Bolsonaro, ele não tem primeiro-ministro. Ele é o presidente. Ele agora vai sentar e vai definir quais são ações. E ele só vai ser presidente a partir de 1 de janeiro”, disse.