Movimento em cemitérios de Maceió é considerado fraco por ambulantes nesta véspera de Finados

Déborah Moraes / Alagoas24Horas

Cemitério N. Sra da Piedade

Véspera do feriado de dia dos finados, o movimento nos cemitérios da Capital alagoana é considerado fraco nesta quinta-feira, 1º, por parte dos ambulantes cadastrados para comercializar produtos nos espaços públicos próximos aos cemitérios de Maceió.

Além dos ambulantes que ofertam os artigos mais tradicionais para esta época do ano, como flores, velas e coroas, a data se apresenta como uma alternativa para aquelas pessoas que pretendem ganhar um dinheiro extra com serviços de manutenção e limpeza de túmulos, além de atrair pessoas que utilizam a data para lembrar e homenagear os entes queridos.

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Cemitério N. Sra da Piedade

Na parte baixa da cidade, no bairro do Trapiche, que abriga dois dos mais tradicionais cemitérios de Maceió, o movimento na tarde de hoje foi fraco. No cemitério Nossa Senhora da Piedade, poucas pessoas visitavam os jazigos. O administrador do local, Lúcio Flávio, explicou que pela manhã o movimento havia sido maior, mas que o número de visitações vem caindo mais a cada ano.

“Pela manhã eu acredito que tenham passado por aqui uma média de 1000 pessoas. Elas preferem vir na véspera sempre pelo movimento ser mais tranquilo e poderem aproveitar o ‘feriadão’. Mas a gente tem percebido que a cada ano menos pessoas aparecem, acho que por causa dos cemitérios particulares que abriram”, explicou Lúcio Flávio.

Entre aqueles que estavam no local oferecendo serviços de manutenção, o senhor Fideles, que começou a trabalhar na área há mais de 40 anos, ainda criança acompanhando o pai, atribuiu a baixa procura a perda da tradição. “Quem fazia isso eram os mais velhos, os mais antigos. Os jovens quase não ligam para isto [fazer manutenção nos túmulos]. Eu e minha família, que me ajuda, estamos aqui desde de manhã e não fizemos nem dez trabalho”, explicou.

Déborah Moraes / Alagoas24Horas

Cemitério São José

Os valores dos serviços oferecidos variam entre R$10,00, para aqueles mais simples como regar plantas e lavar túmulos e vão até R$200,00 para trabalhos mais complexos como fazer rejunte e pintar. “O valor vai variar dependendo do tamanho, se é grande ou pequeno, do tipo, se é de cimento ou de cerâmica, e do estado que ‘tá’. Mas a gente também negocia, as pessoas tentam pechinchar”, explicou a doméstica Lúcia que também estava no local à espera de serviço.

Já no cemitério São José, no mesmo bairro , o movimento era maior, principalmente entre os ambulantes. Na porta, pelo menos 13 barracas já estavam montadas, à espera dos clientes.

A ambulante Liliane, que vende flores há mais de 15 anos, disse que chegou ao local por volta das 6h da manhã e deve permanecer até o final da tarde e retornar no mesmo horário amanhã. Ela explicou que vem todos os anos e que espera uma melhora no movimento.

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Cemitério São José

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Cemitério São José

 

 

 

 

 

 

 

Outra comerciante que se prepara para as vendas em frente ao cemitério São José, D. Fátima, que vende coroas de flores e velas, disse que não está muito empolgada para as vendas. “Todos os anos eu venho e a essa hora eu já tinha vendido muito mais do que vendi até agora. Eu espero que melhore, mas não parece que vai ser muito bom não”, disse. O valor mínimo das flores e R$3 e o das velas e R$3,50.

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