Diteal celebra 108 anos do Teatro Deodoro com vasta programação cultural

Comemoração traz apresentações de teatro, dança e música do dia 12 a 17 de novembro

Divulgação

108 Anos do Teatro Deodoro

Patrimônio cultural de Alagoas, o Teatro Deodoro completa 108 anos de existência no dia 15 de novembro. Para comemorar, a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal) preparou uma programação especial que vai de 12 a 17 de novembro com teatro, dança, música, recital de poesia, lançamento de filme e de livro. A maior parte dos espetáculos é gratuita.

“É com muita alegria que celebramos mais um aniversário do Teatro Deodoro e uma honra poder administrar um espaço tão importante, patrimônio cultural de Alagoas, que tem se mantido aberto para os alagoanos com uma programação democrática e diversificada”, afirma a diretora-presidente da Diteal, Sheila Maluf. “Convidamos a todas e todos para que prestigiem nossa produção artística-cultural nos 108 anos do Deodoro”.

Na segunda-feira (12), a Associação Teatral Joana Gajuru dá início às comemorações com a peça Baldroca, às 15h30, na Praça Deodoro. A apresentação é gratuita. Com direção de Lindolfo Amaral, Baldroca é uma releitura do texto de Guimarães Rosa, feita de forma colaborativa entre os integrantes do grupo. Reginaldo Meneses, Ivana Iza, Ticiane Simões, Matheus Marin, Cadú Moura, Alex Walker e Toni Edson integram o elenco.

O Grupo Imbuaça entrará em cena com o espetáculo Jeová, na terça-feira (13), às 20h, no Teatro Deodoro. A entrada é franca. O espetáculo é inspirado na história do escritor sergipano Jeová Santana, dando vida a poesias e contos do autor. Com dramaturgia de Manoel Cerqueira, direção de Iradilson Bispo, o elenco é composto por Lindolfo Amaral, Carlos Wilker, Lidhiane Lima, Priscila Capricce e Sandy Soares.

Na quarta-feira (14) a programação começará às 15h, no Teatro Deodoro, com o Grupo Aiê Orum apresentando o espetáculo Cenafro. Dirigido por Diego Bernardes, o Aiê Orum é um grupo de dança afro que traz a memória e a ancestralidade através de ritmos afro-brasileiros como ijexá, dança dos Orixás, samba de roda, dança afro contemporânea, samba reggae, maracatu e afoxé.

Adalberto Farias.

Teatro Deodoro

Em seguida, às 15h30, o Ballet Emília Clark entrará em cena para mostrar o resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano com crianças carentes do projeto Ballet a Serviço da Educação, realizado em parceria com a Diteal. Os bailarinos irão apresentar o espetáculo Summa, que traz um repertório clássico inspirado na obra do compositor Nyman, envolvendo o mistério da criação no enredo.

Ainda na quarta-feira (14), às 19h, uma edição especial do projeto Antropofágico Miscigenado ocupa o foyer do teatro. Haverá recital do livro de poesia do artista Sebage, intitulado Álbum de Família, com a participação dos poetas Ana Karina Luna, Arthur Buendia e Richard Plácido, do ator Chico de Assis e do produtor cultural Alexandre Holanda. Em seguida, haverá a exposição de dez ilustrações de Mário Alencar. O lançamento do livro Beatnik, do selo Crooked Records, encerra a noite, junto ao show de Sebage & Lobos Uivantes, formada por Edi Ribeiro e Bruno Hítan (guitarras), Júnior Core (baixo) e Normando Galdino (bateria), que contará com as participações especiais de Léo Santiago, Alexander Moreira e Leureny.

No dia do aniversário do teatro, quinta-feira (15), data em que se comemora também a Proclamação da República, José Márcio Passos e Homero Cavalcante vão estrear a peça O Centenário, que marca os 50 anos de carreira de ambos os atores no teatro. O espetáculo começa às 20h, no Teatro Deodoro, com entrada gratuita. O texto criado por Zé Márcio e Homero, que também assinam a direção, conta um pouco das vivências dos atores em meio século de artes cênicas. No elenco também estão os atores Erick Hanon, Marcondes Bertori, Carlos Eduardo de Souza (Kadu) e Marilane Miranda.

Ailton Cruz

Maceió, 16 de agosto de 2017
Fotos para capa do CD do Chau do Pife, registrado no Teatro de Arena, com iluminação especias de Aldo. Alagoas – Brasil.

Na sexta-feira (16) acontece o lançamento do documentário musical de curta-metragem sobre o músico Chau do Pife, a partir das 19h30, no Teatro Deodoro, com entrada franca. Dirigido por Celso Brandão, o documentário conta a história do músico de Boca da Mata, patrimônio vivo de Alagoas, sua trajetória no universo artístico com a gravação de quatro CDS, muitos shows e histórias para contar. Chau do Pife irá se apresentar no lançamento.

Ainda na sexta, às 21h, o Café da Linda apresentará o Encontro de Divas, com Wilma Miranda e Leureny Barbosa apresentando repertório de MPB e bossa nova. Elas estarão acompanhadas de Wilbert Fialho no violão. O couvert artístico custa R$ 10.

Para encerrar as comemorações, no sábado (17), às 20h, no Teatro Deodoro, o público poderá conferir o espetáculo Cinepiano, onde o compositor e pianista Tony Berchmans improvisa trilha sonora de filmes ao vivo, utilizando temas de sua autoria, música clássica e folclórica, promovendo um diálogo entre a música e o cinema. Cinepiano é um formato criado por Tony Berchmans, que já fez mais de 120 apresentações pelo Brasil e na Europa, chegando pela primeira vez em Maceió, onde será́ projetado “O Circo” (The Circus, 1928), de Charlie Chaplin.

O ingresso custa R$ 40 inteira e R$ 20 meia-entrada, à venda na bilheteria do Teatro Deodoro, de terça a sexta, das 14h às 18h, e, nos fins de semana com espetáculos, das 14h até o início da programação. Clientes, funcionários e prestadores de serviço Porto Seguro mais um acompanhante têm desconto de 50%.

“Celebrar o Teatro Deodoro é fortalecer um dos mais importantes equipamentos artísticos das Alagoas, é respeitar o passado, valorizar o presente e investir no futuro. O nosso palco oficial é responsável por grandes momentos da história dos alagoanos e assim deve ser visto, compreendido e abraçado. Essa semana comemorativa é um grande abraço no nosso teatro”, declara o gerente Artístico e Cultural da Diteal, Alexandre Holanda.

Teatro Deodoro

O Teatro Deodoro foi construído para materializar o sonho de progresso artístico vivido pela população e os governantes de Alagoas no início do século XX. No dia 11 de junho de 1905, era lançada sua pedra fundamental no Largo da Contiguiba, também conhecido como Largo das Princesas, no Centro de Maceió.

A obra, projetada pelo arquiteto Luigi Lucarini e tocada pelo mestre de obras Antônio Barreiros Filho, foi concluída em 15 de novembro de 1910, marcando os festejos de 21 anos da proclamação da República. A peça escolhida para essa data foi “O dote”, de Arthur Azevedo e, em seguida, o monólogo “Um beijo”, do alagoano J. Brito, encenado pela atriz de renome nacional Lucila Peres.

Em 1914, o Deodoro sofreu com a chegada do cinema, bem como outros teatros do país, sendo arrendado a uma firma comercial e transformado em cinema. Diante da reação dos alagoanos, não demorou a voltar à sua finalidade inicial.

A primeira reforma aconteceu em 1933, ficando fechado até meados de 1934. A ópera “A Toscana”, pela Companhia Lírica Italiana, marcou o reinício das atividades. Entre os anos de 1937 e 1939, foi transformado em depósito. Reincorporado ao patrimônio do Estado, em 1940 voltou às suas verdadeiras funções. O seu Salão Nobre já abrigou a Biblioteca Pública, a Câmara dos Vereadores de Maceió, a Justiça Federal e recepções do governo do Estado, além de servir às diversas manifestações artísticas de Alagoas.

Em mais de um século, o Deodoro recebeu atores, companhias teatrais e grandes nomes da música popular e erudita. Entre eles, Itália Fausta, Cia. Lírica Italiana, Bidu Sayão, Procópio Ferreira, Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, Companhia Eva Tudor, Rodolfo Mayer, Bibi Ferreira, Paschoal Carlos Magno e Fernanda Montenegro, além de Caetano Veloso, Gal Costa, Egberto Gismonti e Arthur Moreira Lima, entre outros.

Serviço:

Aniversário de 108 anos do Teatro Deodoro.
Quando – 12 a 15/11.
Local – Praça Deodoro e Teatro Deodoro, Centro de Maceió.
Mais informações – www.diteal.al.gov.br e (82) 3315-5660.

Fonte: Ascom Teatro Deodoro

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