Um advogado de 72 anos foi autuado por maus tratos depois de incendiar o cachorro de estimação em Caraguatatuba (SP). Segundo a Polícia Ambiental, ele alegou que o animal estava com câncer em estágio terminal, sedou o cão e ateou fogo para “amenizar o sofrimento”.
O crime aconteceu na tarde de sexta-feira (9) quando a Polícia Ambiental foi acionada depois de o vídeo em que o homem incendeia o animal viralizar na web. Por uma busca pela rede social, a polícia conseguiu identificar o local do crime e, na região, o autor.
No domingo (11), o advogado foi identificado pelas imagens e admitiu o crime. Formado em direito e com pós graduação em perícia ambiental, o homem admitiu o crime e, em depoimento, afirmou que havia feito para diminuir o sofrimento do cachorro.
De acordo com a polícia, ele contou que procurou o veterinário, mas que teria sido informado que o animal estava com um câncer inoperável e que teria de ser sacrificado. Na volta para casa, o homem sedou o cachorro com tranquilizante e ateou fogo. À polícia, ele apresentou o laudo da veterinária e o tranquilizante usado.
A PM chegou a acionar a veterinária que confirmou o laudo da doença, mas disse que o animal tinha boa qualidade de vida, sem sofrimento, e que caso houvesse piora, teria que ser sacrificado.
Como não houve flagrante, o homem foi apenas autuado em R$ 3 mil por maus tratos aos animais e mais R$ 3 mil pelo mau trato ter causado a morte. O caso vai ser encaminhado à Polícia Civil e Ministério Público. O advogado responderá em liberdade. Os restos do animal foram recolhidos pela zoonose da cidade.
O G1 tentou contato com o advogado, mas ele não atendeu as ligações até a publicação da reportagem.