Alagoas superou todas as expectativas e mostrou ao país que está trabalhando sério por uma educação pública de qualidade. Os resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2017 já refletem as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, com evolução em todos os níveis avaliados, deixando para trás as últimas posições do ranking nacional. Apoiados pelo Estado, municípios do interior têm focado em manter as estratégias para continuar avançando nos indicadores da Educação.
Resultante da união de forças entre Estado e municípios, o Programa Escola 10 é o grande responsável pela melhoria no Ideb. Com mais de R$ 30 milhões investidos, o programa dá acompanhamento pedagógico a todas as escolas públicas municipais e estaduais e implantou ações como a realização de duas avaliações ? a Prova Alagoas, fornecimento de material didático complementar e a designação de 3 mil articuladores de ensino para atuar em todas as escolas.
No interior e na capital, as ações não param. Em Belém, profissionais passaram, esta semana, por formação para correção de fluxo promovida pela 3ª Gerência Regional de Educação (Gere), por meio do Regime de Colaboração com o Estado. Na avaliação dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, do Ideb, o município subiu de 54º para 8º lugar no estado e 1º lugar na região, saindo de 4.2 para 5.8. Nos Anos Finais, saltou de 2.4 para 4.4.
O secretário municipal da Educação de Belém, Marcos Antônio Ferreira de Lima, destaca a importância da parceria com o Estado. ?Esta parceria nos deu ânimo e norte. Com a mobilização que começou no Programa Escola 10, contamos com estrutura para trabalhar o ano de 2018 e também o próximo ano, com todo o suporte para avançar no próximo Ideb. Isso é algo que eu nunca tinha visto como professor da rede?, declarou. ?Estamos muito agradecidos ao Governo de Alagoas por tudo que vem sendo feito?.
Outra história de êxito é a Escola Estadual Pedro Teixeira, localizada no bairro do Feitosa, em Maceió, que passou da nota 1.6 em 2015 para 4.0 em 2017 nos Anos Finais do Ensino Fundamental. ?A avaliação do Ideb mudou completamente a realidade da escola. Com as formações realizadas na unidade, descobrimos e corrigimos as deficiências, e o resultado não poderia ser mais positivo: além do aumento do índice, melhoramos na proficiência em Língua Portuguesa e Matemática?, comemora a gestora adjunta, Sirleide Dantas.
Além do aumento do Ideb, o Programa Escola 10 tem como metas garantir que todos os alunos da rede pública estejam alfabetizados em Língua Portuguesa e Matemática até o final do 3º ano do Ensino Fundamental; reduzir os índices de analfabetismo, evasão escolar e distorção idade-série (atraso escolar); e melhorar a aprendizagem de estudantes do 5º e 9º anos.
O programa também oferta formações para articuladores e secretários municipais de Educação com grandes referências em educação do país, a exemplo da Fundação Leman.
Notas do estado no Ideb
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), Alagoas é um dos três estados brasileiros a apresentar os maiores índices de crescimento na Educação entre 2015 e 2017, ao lado do Ceará e do Piauí. Nas metas estabelecidas pelo MEC para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Alagoas foi o terceiro estado com mais municípios atingindo a meta ? foram 85 munícipios. Nesse quesito, o estado ficou atrás apenas do Ceará e Minas Gerais. Nos Anos Finais, a rede pública estadual ficou em 7º lugar no alcance das metas.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, onde são avaliados estudantes do 5º ano, Alagoas alcançou 5.2 na notal geral, superando a meta estipulada pelo MEC para 2021, que é de 4.8. Assim, o estado subiu seis posições em relação à avaliação anterior e ficou em 20º lugar no ranking nacional. Nos Anos Finais, com a avaliação realizada entre os alunos do 9º ano, a nota chegou a 4.2, geral, meta esperada para 2019. Com esse resultado, Alagoas deixou o último lugar no ranking do Ideb em 2015 e subiu sete posições, para a 19º posição.
No Ensino Médio, onde nenhum estado brasileiro conseguiu alcançar a meta estabelecida pelo MEC, Alagoas teve evolução notável, subindo 11 posições no ranking nacional. O estado deixou a última posição para ocupar o 16º lugar, superando estados como Mato Grosso, Paraíba, Sergipe, Amapá, Rio Grande do Norte, Pará e Bahia. A nota passou de 3.1 em 2015 para 3.5 em 2017 ? o estipulado era 4.4.
No entanto, algumas escolas de Ensino Médio superaram esta meta, a exemplo da Escola Estadual Marcos Antônio, a primeira das 50 unidades de Ensino Integral implantada nesta gestão e que atingiu 4.5 em sua primeira avaliação geral a nível nacional.
Comparado ao Ideb de 2013, o salto de qualidade é ainda mais impactante: naquele ano, a nota para os Anos Iniciais ficou em 4.1, 1.1 a menos do que em 2017. Nos Anos Finais, a nota atribuída ao Estado em 2013 foi 3.1 e, no Ensino Médio, 3.0.