O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (14) pelo Twitter que o diplomata Ernesto Araújo será o novo ministro das Relações Exteriores.
Segundo Bolsonaro, Araújo é diplomata de carreira há 29 anos e um “brilhante intelectual”.
Bolsonaro já havia afirmado em entrevistas coletivas que o futuro ministro da pasta seria alguém da carreira.
O atual ministro da pasta, nomeado pelo presidente Michel Temer, é o senador licenciado Aloysio Nunes (PSDB-SP), que não é da carreira do Itamaraty.
‘Incrementar’ negócios pelo mundo
Após anunciar o nome de Ernesto Araújo, Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona o gabinete de transição.
Na entrevista, disse ter escolhido o diplomata para o cargo pelo perfil de Araújo.
“Obviamente, [a escolha foi] motivar o Ministério das Relações Exteriores a incrementar a questão de negócios no mundo todo”, afirmou.
A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje. Informo a todos a indicação do Embaixador Ernesto Araújo, diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das Relações Exteriores.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 14 de novembro de 2018
Durante toda a campanha eleitoral, Bolsonaro disse que buscaria manter relações com outros países “sem viés ideológico”. Disse reiteradas vezes, por exemplo, que incentivaria a China “comprar no Brasil, não comprar o Brasil”.
Novo ministro
Ao lado de Bolsonaro, Enersto Araújo disse que à frente do Itamaraty fará uma política “efetiva em função do interesse nacional”, tornando o Brasil um país “próspero” e “feliz”.
“Sem preferências, temos relações excelentes com todos os parceiros para incrementar as parcerias em benefício do povo brasileiro, sobretudo”, afirmou.
Ministros já anunciados
Além de Ernesto Araújo nas Relações Exteriores, o futuro governo já anunciou os seguintes ministros:
- Paulo Guedes (Economia);
- Onyx Lorenzoni (Casa Civil);
- Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública);
- general Augusto Heleno (Segurança Institucional);
- general Fernando Azevedo e Silva (Defesa);
- tenente-coronel Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia);
- Tereza Cristina (Agricultura).
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro informou que o objetivo era reduzir o número de ministérios de 29 para “no máximo” 15. Mas, nesta terça (13), declarou que o número deve ficar entre 17 e 18.