Família de Silvânio Barbosa quer que acusado seja julgado por homicídio qualificado

 

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o advogado da família de Silvânio Barbosa, Joanísio Omena

Após a entrevista exibida na quinta-feira, 29, pela TV Ponta Verde, com o réu confesso, Henrique Matheus da Silva Souza, acusado de assassinar o vereador Silvânio Barbosa, o advogado da família, Joanísio Omena, informou que irá requerer um aditamento na denúncia de crime de latrocínio para homicídio qualificado e furto qualificado.

Segundo o advogado, durante a entrevista, o acusado se contradiz e muda a versão apresentada em depoimento à polícia de que foi à casa do vereador apenas para roubar.

“Com base na entrevista, vamos requerer um aditamento a denúncia que foi feita pelo crime de latrocínio. Respeito o entendimento da polícia e da promotoria de Justiça sobre a pena de latrocínio, mas na entrevista ele não nos deixou na certeza disto. Ele contradisse tudo que disse em depoimento. Na delegacia, disse que foi exclusivamente para roubar e que esta era sua intenção. Ontem, mudou tudo. Afirmou que no momento em que se deitaram, esfaqueou quando Silvânio virou as costas. Ora, se ele não aceitava o convite como era que ia para cama e iria se deitar? Não condiz. Em relação ao comprimido, todo mundo sabe que o comprimido azul é popularmente conhecido como Viagra. Seria para prolongar, mas jamais para drogar”, informou o advogado à TV Ponta Verde.

Em um trecho da entrevista, Henrique Matheus conta que esfaqueou o vereador no quarto e Silvânio Barbosa, mesmo ferido, teria se preocupado com o jovem. O acusado contou ainda que só pensou em levar dinheiro e objetos pessoais do vereador na hora da fuga.

“Com esta entrevista, não sei se para família, doeu mais o evento ou estar revivendo isso agora. São mentiras para tentar enganar a sociedade e mexer com os nervos da família, amigos e eleitores. Se houve mesmo este diálogo em que Silvânio se preocupa com ele, se não era a intenção do acusado apenas roubar, ele cometeu o crime de homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa do  ofendido, meios  de execução bem cruéis e que levou a excessivo sofrimento a vitima. Além disso, há outro crime, o furto qualificado”, explicou Joanísio Omena.

O advogado ressaltou ainda que Henrique Matheus agiu com frieza. “Em toda minha vida, nunca ouvi um relato com tamanha frieza e desprezo pela vida humana. Houve tortura vivenciada pelo Silvânio e foi por horas. Quem está na situação que acabar logo. Ele parecia estar tendo prazer no que estava fazendo”.

Sobre o erro na prisão de Henrique Matheus apontado pela defesa e o relato do acusado de que foi agredido após a prisão, a Polícia Civil de Alagoas negou as acusações. “Não há duvidas quanto a autoria naquele fato. Ele confessou toda trama criminosa e não há falha na investigação. Não procede  a informação de que foi agredido quando foi abordado pela polícia da Paraíba. Ele está criando uma tese para minimizar o crime bárbaro que cometeu. É um individuo frio que agiu de maldade”, relatou o delegado Fábio Costa, coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

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