Defesa Civil irá decretar estado de emergência após rachaduras no Pinheiro

Marco Antônio/ Secom Maceió

Dinário Lemos, coordenador da Defesa Civil.

Após 10 meses das rachaduras nas residências e tremor de terras no bairro do Pinheiro, a Defesa Civil Municipal informou, na tarde desta terça-feira, 04, que irá decretar, ainda esta semana, estado de emergência com o intuito de agilizar as pesquisas do Governo Federal para solucionar o problema.

“Estamos decretando esta semana estado de emergência no bairro para facilitar os estudos e os pedidos a serem feitos pelo município de Maceió. Ninguém tem autonomia para falar sobre o bairro do Pinheiro, só o Serviço de Geologia do Brasil. São mais de 60 pesquisadores entre geofísico, geólogo, hidrogeólogo, estudando a exploração da água, do calcário entre outras coisas. É muito complexo. Não existe só uma pessoa que possa detectar o fenômeno no bairro do Pinheiro. Estamos o decreto revisando, o jurídico está tratando dos tramites legais com a Defesa Civil Nacional e até quinta-feira, 06, poderá ser publicado no Diário Oficial do Município”, informou o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Dinário Lemos, à TV Ponta Verde.

Preocupados com o problema, os moradores do bairro se reuniram, nesta manhã, na Praça Senador Arnon de Melo e saíram, em protesto, pelas ruas do bairro visitando os imóveis afetados pelas rachaduras. Na ocasião, a comunidade disse que pelo menos seis mil pessoas foram afetadas pelas rachaduras. Eles informaram ainda que a Braskem voltou a operar um poço da Salgema que estava desativado há cerca de 10 anos. Os funcionários estariam trabalhando em turnos de 24 horas no local.

Sobre as acusações, o coordenador da Defesa Civil  Municipal, Dinário Lemos, explicou que a Braskem não reativou o poço e esclareceu que um caminhão, que os moradores apontam como sendo da empresa, na verdade é uma sonda para estudar as cavernas que foram exploradas pela Braskem.

“A Prefeitura, desde o início, acionou os órgãos competentes como o Serviço de Geologia, a Defesa Civil Nacional e a UFRN. Todos os pesquisadores estão envolvidos estes processo e dizem que este fenômeno que está acontecendo em Maceió, eles não conhecem além de ser é complexo e difícil de interpretar. Tem bastante coisa feita, estudos. Só quero esclarecer que aquele caminhão que está nos poços, que a população está questionando, é uma sonda para estudar – a pedido do Serviço de Geologia do Brasil – as cavernas que a empresa Braskem explorou. Nenhum poço da Braskem está em atividade hoje no território, no bairro do Pinheiro”, continuou Dinário Lemos.

O coordenador da Defesa Civil informou ainda que foi solicitada a celeridade nos estudos para se descobrir as causas dos tremores e rachaduras no bairro.

“O Governo Federal precisa terminar os estudos. Sobre ajuda humanitária, tivemos em Brasília e conversamos com a Defesa Civil Nacional, Ministério da Integração, Ministério de Minas e Energia. Lá, pedimos que os estudos não parem porque nas casas estão com fissuras e continuam se movimentando. Estamos querendo velocidade porque são 60 unidades evacuadas pela Defesa Civil. Precisamos dar uma resposta ao povo do Pinheiro”, concluiu.

 

 

 

 

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