Onda de violência, guerra do tráfico, sociedade amedrontada. Em Capela, a situação insustentável gerou uma imensa preocupação e o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da Promotoria de Justiça da cidade, se reuniu com autoridades policiais da 4ª Cia Independente , da Polícia Militar, para juntos adotarem providências que garantissem a identificação de suspeitos e apreensão de ilícitos. Após levantamentos feitos pelo serviço de inteligência da referida unidade militar, o promotor de Justiça, Paulo Roberto de Melo Alves Filho, ajuizou medida de busca e apreensão que culminou na prisão de quatro pessoas, durante operação “Natal sem Noel”, na manhã desta segunda-feira (10).
Conforme o representante ministerial, a violência na cidade estava perdendo o controle e uma medida mais drástica precisava ser tomada, emergencialmente.
“Detectadas as ações como tiroteio à luz do dia, enfrentamento de gangues rivais pelo domínio do tráfico, tivemos uma reunião com a polícia e esta se comprometeu em confeccionar um relatório de inteligência para sabermos pormenores e exatamente onde estariam drogas e suspeitos. De posse das informações foi ajuizada a medida de busca e apreensão, onde tivemos armas, droga, dinheiro apreendidos e quatro pessoas presas”, relata o promotor Paulo Roberto.
Durante o cumprimento dos mandados, por policiais da 4ª Cia Independente, dos batalhões de Polícia do Trânsito (BPTran), e de Polícia Rodoviária (BPRv), foram encontrados crack, comprimidos, maconha, cocaína, balança de precisão, além de pouca quantia em dinheiro, o caracteriza o tráfico de entorpecentes. Os presos foram identificados como Rafael da Silva Cavalcante e Maciel da Silva , ambos apontados como traficantes, e Tiago Severino da Silva e José Ítalo da Silva de Melo, interceptados com um revólver calibre 38 e seis munições intactas, também uma espingarda artesanal de calibre 12.
Os suspeitos e todo material foram remanejados para a Delegacia Regional de Viçosa.
“Continuaremos a trabalhar em parceria, pelo bem da sociedade local. Não é concebível numa cidade pequena termos uma violência assustadora tanto quanto numa capital, por exemplo. E o Ministério Público tem o dever de ser vigilante e tomar iniciativas para proteger o cidadão”, conclui o promotor de justiça, Paulo Roberto.