O Índice de Consumo das Família (ICF) de Maceió aumentou 50%, em novembro, em relação ao mesmo período do ano passado, conforme pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Na variação mensal, em comparação ao mês de outubro, o crescimento do consumo correspondeu a 3,86%. O incremento no consumo é efeito da melhora na renda e da Black Friday.
De acordo com a pesquisa, os consumidores que recebem menos de 10 Salários Mínimos (SM) apresentaram incremento no consumo de 4,16% na variação mensal e 51,62%, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Já para os maceioenses com renda acima de 10 SM, o consumo variou menos do que a média e dos consumidores com renda menor, apenas 1,07% na variação mensal. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, mostrou-se um pouco abaixo do aumento da média do consumo, 41,69% de crescimento.
Em relação a renda do trabalho, os números apontam saldo líquido positivo na geração de empregos em outubro para o setor de Comércio, cerca de 224 postos criados em Maceió, já o segmento de Serviços gerou 123 postos líquidos. “Ao todo, analisando todos os setores produtivos, foram gerados 453 postos de trabalho. Assim, somente Comércio e Serviços geraram 76,6% da mão de obra em outubro”, observou o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha.
Entre agosto e setembro, a variação líquida de todos os setores apresentou saldo de 148 empregos criados na capital. “Dessa forma, percebe-se que a melhoria da renda do trabalho, amplia o consumo e, para aqueles já empregados e seguros da manutenção de seu posto, aumenta o desejo por boas promoções para adquirir aquele tão sonhado produto com um preço atrativo”, comentou o economista.
Segundo Felippe, a economia aquece no final de ano, aumenta a sensação de segurança em relação à manutenção do emprego. A pesquisa aponta que os consumidores estão 1,7% mais seguros da manutenção do seu emprego atual em relação ao ano passado.
A pesquisa mostra ainda que os consumidores estão menos crentes de que haverá aumentos salariais ou receberá promoção no emprego, quando comparado com o mesmo mês período do ano passado, -2,8%. A segurança no emprego e o aumento da sensação de que sua renda tem comprado mais do que o ano passado é maior para 6,3%. “Isso amplifica o consumo e explica boa parte do incremento do consumo no mês de novembro”, analisa o assessor econômico da Fecomércio.
As compras a prazo aumentaram 7% quando comparado com o mesmo mês do ano passado. “Isso aponta que os consumidores estão mais seguros e estão assumindo o risco de comprar parcelado. Quando perguntado se estão comprando mais este ano do que no ano passado, a pesquisa demonstra que o aumento do consumo é de 11,9%”, disse.
A perspectiva do consumo nos próximos meses é de incremento de 0,5% e os consumidores estão 5,9% mais abertos a aquisição de bens duráveis em relação ao mesmo período do ano passado.