A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) divulgou, nesta sexta-feira (14), os dados, referentes ao ano de 2016, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios alagoanos. Segundo o levantamento, Branquinha foi o município que mais apresentou crescimento de PIB no ano analisado.
De acordo com a Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) da Seplag, cinco municípios alagoanos são responsáveis por 59,63% do agregado total gerado em Alagoas que, em 2016, foi de R$ 49,456 bilhões. Em relação ao último levantamento realizado, os quatro primeiros municípios continuam os mesmos no ranking.
“Em 2016, Maceió, que é o primeiro do ranking, teve uma participação de 43,08% no PIB do estado. Em seguida, temos Arapiraca, que obteve 8,11% do agregado total, Marechal Deodoro, com 3,31%, Coruripe, com 3,14% e, desta vez, Rio Largo ocupa o quinto lugar, com participação de 1,98% no PIB”, pontua o gerente de Estatísticas da Seplag, Roberson Leite.
Também foram poucas as mudanças relativas aos números dos menores municípios em relação ao valor do PIB do estado. Diferente do que aconteceu em 2015, Jaramataia também passa a fazer parte do ranking, com participação de 0,09%. Belém (0,07%), Palestina (0,07%), Mar Vermelho (0,06%) e Pindoba (0,06%) estão, novamente, entre os que menos participam do agregado.
“Devido à baixa dinâmica econômica dessas cinco cidades, juntas, elas responderam por menos de 0,35% do nosso PIB em 2016. Isso porque, principalmente, em suas composições, o setor de agropecuária é voltado para a subsistência, a indústria é incipiente e a economia destes municípios baseia-se, em grande medida, na dinâmica do setor público”, explica Roberson.
Maiores e menores variações
Outro ponto importante destacado pelo levantamento é o que apresenta os municípios que tiveram as maiores variações de PIB no ano de 2016. Branquinha (157,28%), Santana do Mundaú (140,30%), Joaquim Gomes (46,79), Piaçabuçu (41,73%) e Olho D’Água Grande (40,46%) foram os destaques nesse quesito.
“Dentre os cinco maiores crescimentos, devemos ressaltar o fator que desempenhou papel fundamental para o estabelecimento da maioria dos municípios do ranking, que, no caso, foi o fomento do setor primário, catalisado pelo aumento da produção de laranja e abacaxi”, afirma o gerente.
Por outro lado, Palmeira dos Índios (-22,46%), São José da Laje (-20,24%), São Luís do Quitunde (-15,75%), Craíbas (-14,15%) e Boca da Mata (-10,81) foram os municípios que mais decresceram no PIB em relação à última coleta de dados realizada.
“Em 2016, Palmeira dos Índios figura como o município que mais decresceu nominalmente no PIB, devido, em grande parte, ao setor secundário da cidade, que sofreu forte influência da queda no subsetor da indústria de transformação”, pontua.
Destaques de 2011 a 2016
No intuito de promover um estudo mais aprofundado sobre a dinâmica da economia do estado ao longo dos anos, a Seplag apresenta, ainda, no levantamento, os municípios que foram destaque por demonstrarem crescimento de Produto Interno Bruto no período de 2011 a 2016. Branquinha, Limoeiro de Anadia, Santana do Mundaú, Coqueiro Seco e Joaquim Gomes foram os que tiveram melhor desempenho de acordo com a análise.
Para o superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da pasta, Thiago Ávila, é importante ressaltar que o panorama do agregado total do PIB, no contexto nacional, possibilitou que o estado fosse a unidade federativa do Nordeste menos afetada pela crise que afetou o país em 2015 e 2016.
“Quando analisamos sob um ponto de vista maior, podemos perceber quão fundamental foi o trabalho desenvolvido em cada uma dessas cidades. Em um cenário de crise, merecem destaques aqueles municípios que, apesar da situação desfavorável no contexto nacional, conseguem manter a economia ativa e em desenvolvimento. Pelas nossas análises, a tendência é que, nos estudos relativos a 2017, nossa economia esteja numa posição de retomada ainda mais significativa”, afirma Thiago.
Para conferir a nota técnica sobre o PIB dos municípios alagoanos referente ao ano de 2016, basta clicar aqui.