O descarte irregular de resíduos dá sinais evidentes, diariamente, dos danos causados à cidade, à saúde pública e ao meio ambiente. Desde ontem (17), após a chuva registrada na capital, toneladas de lixo se acumularam em praias de Maceió, sobretudo em dois pontos: nas praias da Avenida e Cruz das Almas. Milhares de garrafas pet, sacos plásticos, isopor, telas de computador e sofás foram recolhidos pelos profissionais da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum). Até manhã desta terça-feira (18), foram coletadas 161 toneladas de resíduos que escoaram para a faixa de área, material proveniente do descarte irregular.
O quantitativo recolhido somente nos dois pontos corresponde a quase 20% do volume da coleta porta a porta diária entre os 50 bairros da capital. Os resíduos foram descartados em vias públicas e canais de água pluvial que desaguam no Riacho Salgadinho. Com o volume de chuva, todo o lixo escoou e ficou acumulado na faixa de areia da Praia da Avenida, assim como aconteceu em Cruz das Almas.
Titular da Slum, Gustavo Acioli Torres acompanhou a realização do serviço e reforçou o trabalho da Prefeitura em relação à limpeza urbana. O gestor reiterou que todas as regiões da cidade são atendidas pela coleta de resíduos, apontou o serviço de coleta seletiva como alternativa ao descarte adequado de recicláveis e lembrou que a cidade conta com 17 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), além do serviço de coleta domiciliar de resíduo volumoso, a exemplo de mobília inservível.
“É lamentável se deparar com situações como esta, de um grande acúmulo de lixo proveniente do descarte irregular. A limpeza urbana é, sim, um compromisso do poder público, no entanto deve haver a colaboração do cidadão. É, na verdade, uma responsabilidade de todos. Cerca de 40% de todo o resíduo que vai para o aterro sanitário de Maceió é potencialmente reciclável, no entanto a destinação adequada é bem inferior. Realizamos a coleta seletiva em 18 mil imóveis de Maceió, temos equipes diariamente em todos os bairros com a coleta porta a porta, temos PEVs espalhados em pontos estratégicos e vamos também até a casa do cidadão recolher móveis que não têm mais serventia”, pontua Gustavo Acioli Torres.
Além do trabalho operacional, o superintendente destaca a atuação da equipe de fiscalização para coibir o descarte inadequado. “Nossos fiscais estão nos três turnos nas ruas. Vale lembrar que esta é uma infração prevista no Código de Limpeza Urbana passível de notificação e autuação ao cidadão. Somente neste ano foram mais de três mil processos abertos em relação ao descarte em locais impróprios, seja por grandes geradores ou pessoas físicas”, destacou o gestor.
Gustavo Torres lembra, ainda, que a população pode solicitar a coleta domiciliar de resíduos volumosos, como sofás velhos e outros móveis inservíveis. Basta ligar para a Central de Limpeza no número 0800 082 2600 ou encaminhar mensagem ao WhatsApp da Slum (82) 98802-4834. Ao receber a solicitação do cidadão, a equipe da Central de Monitoramento agenda o serviço, que é realizado em até uma semana para evitar que o resíduo seja descartado em vias públicas.
Ainda sobre os resíduos volumosos, a população pode recorrer aos Ecopontos, onde é possível fazer o descarte de inservíveis e metralha da construção civil. Hoje, dois estão disponíveis: Ecoponto Pajuçara (Rua Luiz Campos Teixeira) e Ecoponto Dique Estrada (Avenida Governador Teobaldo Barbosa), que funcionam de segunda a sábado, das 08h às 18h. De acordo com o superintendente Gustavo Acioli Torres, outros oito ecopontos estão sendo viabilizados pela Prefeitura para que entrem em operação no próximo ano.