Tutmés Airan ouve informações da Braskem sobre atividades no Pinheiro

Reunião com representantes da Braskem foi realizada na Presidência do TJAL

Adeildo Lobo

Reunião com representantes da Braskem foi realizada na Presidência do TJAL

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, ouviu do gerente de Relações Institucionais da Braskem, Milton Pradines, e de consultores técnicos esclarecimentos sobre as atividades da empresa na extração de sal-gema. A Braskem afirmou que não há poços sobre as zonas das áreas de riscos e que, ao longo dos anos, não houve registros de problemas na superfície longe dos poços de extração.

Tutmés reforçou que está à disposição de todos os atores envolvidos para intermediar uma solução para o problema que, segundo ele, é grave e precisa ser enfrentado com seriedade. “A Braskem tem a tarefa de se comunicar com a população vitimada para esclarecer o tamanho e a gravidade do problema e como uma empresa sediada há muitos anos em Alagoas, se colocar à disposição até como um gesto de solidariedade para as pessoas”, afirmou.

Ainda de acordo com o desembargador, é necessário disponibilizar explicações para os moradores. “Eu fiz uma súplica para que a Braskem se comportasse assim. Acho que há um outro caminho também que é esclarecer as próprias autoridades do Poder Executivo sobre o que supostamente é a causa do fenômeno e o que é que tem que ser feito para enfrentá-lo, as providências são urgentes”, disse o presidente.

Explicações da Braskem

A empresa explicou que possui 35 poços de extração de salmoura nos bairros Mutange e Pinheiro, sendo sete deles localizados no Pinheiro e cinco já estavam desativados há anos. Ainda de acordo com a Braskem, os dois últimos poços ativos tiveram suas atividades paralisadas preventivamente após o abalo sísmico, ocorrido em março de 2018.

Os representantes da Braskem também falaram sobre uma falha geológica que existe no bairro e que estaria sendo agravada devido a rede de esgotamento de águas pluviais deteriorada.

O gerente de Relações Institucionais da Braskem, Milton Pradines, explicou que a empresa não tem pretensão de ativar os poços que estão no Pinheiro e que a movimentação que a população vê próximo aos poços desativados é para realização de estudos. Segundo ele, os estudos completos irão comprovar que a Braskem não possui interferência nos problemas que o bairro vem sofrendo.

“Muita gente está vendo instalação de sonda, de maquinário nos poços do Pinheiro e não se trata efetivamente de ativação de poços e extração de salmoura, ali a gente está fazendo um trabalho de estudo e inspeção. E já fizemos isso nos dois poços que ainda estavam em funcionamento em 2018 e esses estudos comprovam que não há nenhum tipo de anomalia, de diferença, nada que comprove nenhum problema nessas cavidades. Agora a gente precisa fazer nesses outros cinco que estão mais adiante para que a gente possa entregar uma radiografia completa da integridade desses poços”, informou Milton Pradines.

Ainda de acordo com o gerente de Relações Institucionais, a Braskem está colaborando com estudos adicionais, apoiando a defesa civil e os órgãos federais que estão fazendo as investigações para encontrar a solução mais rápida.

Veja Mais

Deixe um comentário