Motoristas de aplicativos realizam na tarde desta quarta-feira, 6, protesto contra o constante aumento dos valores do Gás Natural Veicular (GNV) nos postos de combustíveis de Maceió. Cerca de 100 veículos saíram em carreata por várias regiões da Capital.
Segundo a categoria, desde 2018, já houve três aumentos seguidos, que somam mais de R$2,00/m³. O último aumento, de acordo com os motoristas, aconteceu ontem (5) quando o valor passou de R$3,19/m³ para R$3,45/m³.
“Este valor é absurdo. Está mais alto que o que se encontra em São Paulo, por exemplo. O valor já passou o do álcool, está já chegando no valor da gasolina. Desse jeito não tem como a gente trabalhar”, comentou o motorista Thomas Everton, que participa do movimento.
O motorista disse ainda que a categoria já procurou o Ministério Público Estadual (MPE/AL), que se comprometeu a tentar encontrar medidas para a resolução do problema apresentado.
Outra queixa apresentada pelos motoristas foi a dos aumentos acontecerem após campanha promovida pela Algás, distribuidora de gás natural do Estado de Alagoas, para que motoristas instalassem kits gás nos veículos.
Procurada pelo Alagoas24Horas, a assessoria da Algás explicou que o valor final do GNV é definido por quatro fatores: margem dos postos; tributos; margem da Algás; e custo de aquisição e transporte (Petrobras).
A Algás explicou ainda que na primeira semana de fevereiro a tarifa do gás natural sofreu reajuste, quando a tarifa final homologada passou de R$ 2,3359 para R$ 2,4744 e a distribuidora alagoana teve a margem de distribuição aumentada em quatro centavos, já que não sofria alterações desde agosto de 2017.
Além destas alterações, houve também aumento do custo de aquisição do gás e das novas condições contratuais com o supridor do produto (a Petrobras) e reajuste do custo de aquisição e transporte do gás cobrado pela Petrobras.
Preço do GNVSobre a promoção de instalação de kits gás, a assessoria informou também que não há nenhum tipo de relação com o aumento aplicado, já que a promoção foi ampliada e ainda está vigente.
Thomas Everton disse ainda que hoje, o protesto contará apenas com carreata que percorrerá importantes avenidas como João Davino, na Jatiúca, e Fernandes Lima, no Farol. O ato deverá ser finalizado na frente da sede da Algás, no bairro da Gruta.
Segundo o grupo, caso não consigam respostas satisfatórias novos atos devem ser realizados na próxima semana.
O Alagoas24Horas entrou em contato ainda com o promotor de Justiça Max Martins de Oliveira e Silva, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital, mas não obteve resposta.