Ana Paula Padrão trabalhou como repórter, correspondente internacional, editora e âncora na Globo, SBT e Record, calculou os riscos e refletiu bastante antes de dar um salto na carreira e aceitar o convite para apresentar a edição brasileira do “MasterChef”.
“Comecei a achar que eu estava trabalhando num negócio velho e que jornal com hora marcada tinha deixado de fazer sentido. Eu queria fazer coisas novas, ter experiências diferentes – ainda que fossem no jornalismo. No entanto, quando você é aprovada numa função é muito difícil sair dela. Você começa a virar escrava do sucesso que você alcançou. Não foi simples deixar a bancada”, afirmou a apresentadora ao portal ‘TV e Famosos’, do UOL.
Felizmente, a aposta na mudança deu certo. O ‘Masterchef’ é hoje um sucesso, cativando o público e os anunciantes.
Durante a entrevista ao UOL, Ana Paula também narrou duas situações em que sofreu preconceito durante a carreira: quando uma editora disse que ela seria “um pouco frágil” para fazer a cobertura da queda de um avião e também quando colegas de profissão repreenderam seu desejo de trabalhar no Afeganistão.
“Na hora senti uma vergonha, sabe? Falei ‘nossa, estou pagando o maior mico aqui, né?’. Eu querendo fazer uma coisa impossível… Eu me senti humilhada. Me senti envergonhada, sabe? Me senti envergonhada de ter este tipo de expectativa”, revelou.
No entanto, a jornalista disse que este pensamento durou pouco e ela logo sentiu uma “raiva”. “Eu falei, eles vão engolir. Eu vou entrar lá, vou fazer um monte de matéria bacana, vou sair de lá em segurança e eu vou botar estas matérias no ar. Foi isso que aconteceu”, afirma Ana Paula.