Jovem que sumiu após festa foi morta por ser confundida com membro de facção

Joyce da Silva Alves teria feito um símbolo com as mãos e isto teria provocado ira de membros de grupo criminoso rival

Arquivo da família

Joyce Alves

Atualizada às 18h

A jovem de 22 anos, Joyce da Silva Alves, cujo corpo foi resgatado na manhã desta terça-feira, 12, por homens do Corpo de Bombeiros, em uma região de difícil acesso na parte alta de Maceió, foi torturada e estuprada antes de ser violentamente assassinada. Os detalhes do crime foram passados à imprensa em entrevista coletiva com os delegados responsáveis pelo caso.

Os delegados Thiago Prado e Fábio Costa informaram que foram procurados pela família da jovem na manhã de ontem (11), que suspeitavam que Joyce teria sido sequestrada depois de ir a uma festa na noite de sábado (09) e após a localização de um primeiro suspeito, que confessou participação no crime e deu os nomes dos comparsas, chegaram ao local onde o corpo foi encontrado de madrugada, mas por se tratar de um local de difícil acesso o resgate do corpo só foi realizado hoje.

De acordo com os investigadores, Joyce teria ido à uma festa pública, no conjunto Village II, acompanhada de uma amiga, Maria Mariá Araújo Epifanio, de 20 anos, e lá, as duas jovens teriam sido convidadas para ir até a casa de um menor de 15 anos, no conjunto Graciliano Ramos, que também serviria de ponto para consumo de drogas.

Déborah Moraes/Alagoas24Horas

Coletiva de Imprensa

No endereço, o dono da casa teria feito um símbolo com as mãos, que corresponderia a uma determinada facção criminosa, ao qual a jovem teria respondido fazendo outro símbolo, de outro grupo criminoso. Este teria sido o motivo para o menor de idade convocar outras pessoas -que desempenhariam papéis de liderança na facção criminosa- para irem até o local e iniciaram uma sessão de tortura e violência com a vítima.

Ainda segundo os delegados, já era a manhã de domingo (10) quando os suspeitos, identificados como Elton Jhon Bento da Silva, de 31 anos, sua esposa Jullyana Karla Soares da Costa, de 25 anos e Clécio Gomes Barbosa, vulgo “Orelha”, chegaram ao local e junto com os outros suspeitos que já estavam lá, Lady Laura Rodrigues Paulino, de 18 anos, outro menor de 15 anos, além do dona da casa e da suposta amiga de Joyce -que também participou do crime-, iniciaram uma sessão de agressões físicas contra ela, que duraram até às 14h do mesmo dia. Neste momento ela também teve o cabelo cortado com um estilete e foi estuprada por um dos menores.

Depois das agressões, Elton John, Jullyana Karla e Orelha, caminharam cerca de duas horas até um ponto na área rural do conjunto, onde o corpo foi encontrado. No novo ponto, os três se encarregaram de matar Joyce, mas não com menos violência. Eles teriam se revezado e usado um pedaço de madeira encontrado no próprio local, para golpear a vítima diversas vezes na cabeça, deixando-a desfigurada.

Déborah Moraes/Alagoas24Horas

Coletiva de Imprensa

Os delegados responsáveis pela investigação fizeram questão de enfatizar que a vítima, apesar de ser usuária de drogas, não tinham nenhum envolvimento com facções criminosas.

Todos os suspeitos foram localizados e presos e estão sob custódia da Polícia Civil. Eles devem ser indiciados pelos crimes de Associação Criminosa, Ocultação de Cadáver, Tortura, Homicídio Triplamente Qualificado (alguns como autores, outros como partícipes), os maiores de idade, ainda por corrupção de menores e o menor que estuprou a vítima, por ato análogo ao crime de estupro.

Um oitavo envolvido, identificado como Severino José da Silva, Filho, de 38 anos, ainda foi preso pelo crime de Receptação Dolosa, após comprar o aparelho celular da vítima.

A Polícia Civil divulgou vídeo no qual o suspeito Elton Jhon Bento da Silva explica como o crime aconteceu:

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