O presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, e outros gestores da empresa fizeram uma apresentação ao procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, nesta segunda-feira (25), sobre os investimentos que serão aplicados para melhorar o abastecimento de água de Arapiraca, maior cidade do Agreste alagoano.
A apresentação ocorreu durante um encontro na sede do Ministério Público Estadual (MPE), em Maceió, e contou com a participação de diversos vereadores de Arapiraca.
Na ocasião, o presidente da Companhia frisou que, após o Carnaval, vai assinar a ordem de serviço para o início de obras de setorização na cidade, ou seja, implantação de registros e Distritos de Medição e Controle (DMCs) que vão equalizar a pressão da água na rede, melhorar a chegada do líquido nas residências dos bairros onde o abastecimento é mais irregular e reduzir o surgimento de vazamentos nas ruas.
Também serão feitas readequações e substituições de redes de água em Arapiraca. O investimento total previsto pela Companhia para cidade, em 2019, chega a R$ 14 milhões. “Vale frisar que a Casal vinha há mais de 20 anos dando prejuízos. Em nossa gestão, tivemos três anos seguidos de superávits e a Companhia readquiriu a capacidade de fazer investimentos com recursos próprios”, destacou.
“Esses serviços que pretendemos iniciar já após o Carnaval não foram contemplados pela Parceria Público-Privada (PPP) entre Casal e Agreste Saneamento, firmada ainda em 2012, e demandam investimentos elevados”, completou Falcão.
Por outro lado, ele destacou o aumento significativo na oferta de água para a cidade a partir da celebração da PPP. “Antes dela, o volume total era de 1.500 metros cúbicos por hora. Hoje chega perto de 2.800 metros cúbicos por hora”, ressaltou.
Entre as dificuldades encontradas pela Casal e pela Agreste Saneamento para melhorar a produção de água para Arapiraca, estão a redução de vazão do Rio São Francisco, com o conseqüente assoreamento e distanciamento da água das margens, as constantes quedas e oscilações no fornecimento elétrico e o furto de água ao longo das adutoras.
“Outra medida que estamos estudando, em parceria com a Agreste Saneamento, é implantar flutuantes na captação do São Francisco, em Traipu, distantes de três a quatro quilômetros dos atuais, no sentido rio acima, para chegarmos a uma área de maior profundidade e com menos influência da redução de vazão. Isso vai demandar cerca de R$ 10 milhões em investimentos”, assinalou o presidente da Casal.
O procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar, ressaltou o empenho da Companhia para solucionar as deficiências em Arapiraca e disse que é preciso “caminhar juntos” para atender à população. Ficou agendado um novo encontro entre MPE, gestores da Casal e vereadores para daqui a 90 dias, quando serão discutidos os avanços das obras iniciadas após o Carnaval.